sábado, 28 de maio de 2011


Jogador retorna ao América-MG, clube onde foi formado, e promete comemoração especial para a torcida

Ao sair de uma academia de musculação, em Divinópolis, sua cidade natal, no centro-oeste de Minas Gerais, a 110 quilômetros de Belo Horizonte, onde está mantendo o seu condicionamento físico, o meio-campista Fabrício, novo reforço do América-MG para o Campeonato Brasileiro, atendeu, gentilmente, e contou ao FuteblogBH, por telefone, a sua expectativa na volta ao clube que o formou.

“A emoção de voltar para o América é muito grande. Estou voltando para brilhar, para conquistar títulos e espero que novamente eu possa ser feliz”.

Durante a conversa, o jogador de 31 anos também explica sobre a reviravolta na negociação – ele e o empresário chegaram a noticiá-la como fracassadas, no Twitter –, fala sobre a concorrência por posição no meio-de-campo, o apelido de Homem-Aranha que ganhou na Coreia do Sul e promete uma comemoração especial para a nação americana.

“Eu vou ter que bolar alguma coisa, uma máscara verde, sei lá. Alguma coisa assim para a galera”, revelou.

Confira, abaixo, o bate papo com Fabrício.

Sport Club do Recife foi o último clube de Fabrício antes da
volta ao América - Foto: Divulgação/site oficial do Sport
FuteblogBH – Você está em Divinópolis? Está mantendo o condicionamento físico na academia?
Fabrício – Isso. Você sabe que o Campeonato Brasileiro é puxado e se você fica um tempo parado já perde, então tem que estar sempre se exercitando.


FuteblogBH – Já está fechado com o América? Quando será apresentado?
Fabrício – Já posso falar que está fechado. Faltam só alguns detalhes. Segunda-feira, provavelmente, eu já estou chegando em Belo Horizonte para fazer os exames médicos e então a gente pode marcar a data de apresentação.

“O que aconteceu foi que o Salum pensou muito em relação à minha contratação, porque tem muitos jogadores na minha posição. Antes de eu ir para o Sport, o Salum já tinha me procurado. No penúltimo jogo da Série B, ano passado, também. Este ano acabou que uniu o útil ao agradável, acabou que deu tudo certo e fechamos”.

FuteblogBH – Você e seu empresário Fred Faria, chegaram a noticiar no início da semana, pelo Twitter, que a negociação havia fracassado. Houve uma reviravolta então?
Fabrício – Meu interesse sempre foi de voltar a jogar no América. Mas o América, querendo ou não, tem as dificuldades dele. O que aconteceu foi que o Salum pensou muito em relação à minha contratação, porque tem muitos jogadores na minha posição também. Mas eu já trabalhei com o Mauro Fernandes, no Brasiliense em 2004, e ele conhece meu futebol. O Mauro para mim é como um pai. É um treinador que eu tenho um carinho muito grande por ele.

Antes de eu ir para o Sport, o Salum já tinha me procurado. No penúltimo jogo da Série B, ano passado, eu também conversei com o Salum e ele demonstrou interesse. Este ano acabou que uniu o útil ao agradável. O Salum e o Mauro que me conhecem, o pessoal do América, então acabou que deu tudo certo e fechamos.

FuteblogBH – Quais são as suas expectativas nesta volta ao América?
Fabrício – A emoção de voltar para o América é muito grande. Não estou voltando para encerrar a carreira, tenho muito tempo ainda para jogar. Então estou voltando para brilhar novamente, quero fazer bonito para o torcedor, o treinador, a diretoria.

Estou voltando para ter um lugar novamente no cenário nacional, com o América na Série A. Geralmente quando o jogador está voltando, eles falam que é para encerrar a carreira, mas eu estou voltando para conquistar títulos, para jogar novamente, para ajudar. Estou pensando em jogar até uns 35, 36 anos.

“A emoção de voltar para o América é muito grande. Geralmente quando o jogador está voltando, eles falam que é para encerrar a carreira, mas eu estou voltando para conquistar títulos, para jogar novamente, para ajudar. Estou pensando em jogar até uns 35, 36 anos”.

FuteblogBH – Além do Alessandro e Irênio que estiveram com você no seu início de carreira no América, tem mais algum jogador do grupo atual que você conhece?
Fabrício – Também tem o Otávio que é da minha cidade, tem o Fábio Júnior. Tem bastante gente que eu conheço.

FuteblogBH – O América tem muitos jogadores na sua posição. A torcida também acha que a sua contratação vai ofuscar o Caleb, que está chegando agora para o profissional e fez uma grande Copa São Paulo, no início do ano. Como será essa concorrência?
Fabrício – Eu acho que cada um tem que brigar pelo seu espaço. Vai jogar aquele que estiver melhor. Cada jogador tem uma característica, eu sei da minha qualidade, sei do meu potencial, vou respeitar meus companheiros, mas vou brigar pela titularidade.

Tudo tem seu tempo, tem sua hora, eu sei que ele (Caleb) é importante, um jogador jovem e com certeza ele vai ter a hora certa de jogar. Se estiver bem, vai jogar. Não é porque eu estou sendo contratado que eu vou ter que jogar, o treinador não é bobo. Quem estiver bem vai jogar e cada um tem que brigar pelo seu espaço.

“Tudo tem seu tempo, tem sua hora, eu sei que ele (Caleb) é importante, um jogador jovem e com certeza ele vai ter a hora certa de jogar. Se estiver bem, vai jogar. Não é porque eu estou sendo contratado que eu vou ter que jogar, o treinador não é bobo”.

FuteblogBH – Como é aquela história do apelido de Homem-Aranha, que você ganhou quando estava na Coreia do Sul?
Fabrício – Teve um jogo lá e eu falei “ah, vou fazer algo diferente para o torcedor”. Tinha uma máscara do Homem-Aranha lá em casa, que meu filho levou do Brasil e eu falei “se eu fizer um gol vou colocar a máscara”. E acabou que deu tudo certo, fiz o gol, coloquei a máscara e foi um sucesso, você precisava ver. Foi muito bom aquilo lá.

FuteblogBH – Foi em um jogo apenas?
Fabrício – Foram mais jogos. Tipo, em três jogos eu fiz dois gols, só que o juiz estava me dando cartão amarelo, aí o treinador pediu para eu parar.

FuteblogBH – Vai fazer algo parecido, agora no América?
Fabrício – Ah, para o América, eu vou ter que bolar alguma coisa, uma máscara verde, sei lá. Alguma coisa assim para a galera.

FuteblogBH – Cuidado, você pode tomar cartão. Você viu que o Neymar tomou um na Libertadores?
Fabrício – Eu vi. Mas uma vez não tem problema não.

FuteblogBH – Vai jogar com a camisa número 8?
Fabrício – Gosto do oito, meu número preferido.

FuteblogBH – Para finalizar, manda um recado para a torcida do América.
Fabrício – O que eu posso dizer é que eu estou voltando, estou muito feliz, estou voltando para o lugar onde eu nasci, conquistei muitos títulos e me projetou para o futebol. Se eu tenho algo a dizer é que eu devo muito ao América, não é à toa que estou abrindo mão de muitas coisas que me apareceram. Estou voltando para ser feliz, porque no América fui muito feliz e espero que novamente eu possa ser feliz.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Copa do Brasil terá campeão inédito

Avaí, Ceará, Coritiba
ou Vasco: pela primeira vez,
um deles levantará esta taça
Os primeiros jogos das semifinais terão início só na próxima semana, mas já é possível afirmar:  a Copa do Brasil terá um campeão inédito. O fato se torna incontestável após as eliminações de Flamengo e Palmeiras, nas quartas de final, para Ceará e Coritiba, respectivamente.

Com dois e um títulos, os clubes rubronegro e alviverde, nesta ordem, eram os únicos campeões que chegaram até a quarta fase da 23ª edição da Copa do Brasil. Com a eliminação de ambos, o único sobrevivente entre os quatro restantes irá comemorar, pela primeira vez, o principal título nacional do primeiro semestre.

Entre os semifinalistas, Vasco e Ceará são aqueles que chegaram mais perto de levantar o troféu, mas tiveram que se contentar com a prata, em uma oportunidade cada. O clube carioca perdeu a taça de 2006 exatamente para o arquirrival Flamengo, enquanto o Vovô deixou a chance escapar quando foi derrotado pelo Grêmio, em 1994.

Logo, uma eventual final seria um feito inédito para Coritiba e Avaí. Até o momento, o máximo que a equipe paranaense já conseguiu foram quatro semifinais, em 1991, 2001, 2009, além desta em 2011. Por outro lado, a campanha do Leão da Ilha já é a maior da sua história, uma vez que a equipe catarinense só havia alcançado a disputa das oitavas de final de 2007 e 2010.

Nesta quarta-feira (18), às 21h50, começarão os confrontos de ida das semifinais, com Ceará e Coritiba se enfrentando no estádio Presidente Vargas. No mesmo dia e horário, pela outra chave, o Vasco receberá o Avaí em São Januário. Além do título inédito da Copa do Brasil, também está em jogo uma classificação para a Copa Libertadores 2012.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Galo está a um empate de quebrar mais um tabu

Desde o século passado, clube alvinegro não conquista o bicampeonato

 
Serginho espera mesma postura do primeiro jogo, para o Galo
superar mais um tabu | Créditos: Ramón Bittencourt/Gazeta Press 

Após por fim à “maldição dos mandantes”, no jogo de ida da final do Campeonato Mineiro, o Atlético-MG terá a chance de quebrar mais um tabu, que já dura 11 anos. Desde o século passado, o Galo não consegue a façanha de comemorar o título estadual por dois anos consecutivos. Para isso, o clube precisa apenas empatar o clássico com o Cruzeiro, na segunda partida da decisão, neste domingo, na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas.

A última vez que o Atlético conseguiu levantar a taça de campeão mineiro em dois anos seguidos, foi no biênio 1999 e 2000, exatamente o ano de encerramento do século XX, quando o clube superou o América-MG e o Cruzeiro na final, respectivamente. Desde então, após passar seis anos em jejum, o Galo conquistou dois títulos estaduais, mas em anos alternados.

O primeiro em 2007, após bater o arquirrival Cruzeiro com uma goleada histórica de 4 a 0, no jogo de ida e poder se dar ao luxo de perder, por 2 a 0, na partida de volta. O segundo foi exatamente no ano passado, quando o Atlético superou o Ipatinga nos dois jogos da decisão, com placares de 3 a 2, no Ipatingão e 2 a 0, no Mineirão.

Para conquistar o seu primeiro bicampeonato no século XXI, o Galo precisa de apenas um empate com o Cruzeiro, uma vez que o time alvinegro venceu a partida de ida, por 2 a 1, na Arena do Jacaré. Apesar da vantagem, o volante Serginho pede muita atenção ao grupo, para a equipe não ser surpreendida no segundo jogo.

“Temos a vantagem do empate, mas, quando entrar em campo, a gente tem que esquecer isso, até porque a vantagem não vai significar nada se tomarmos o gol. Então, temos que entrar com a mesma postura do último jogo para que não sejamos surpreendidos e possamos fazer uma boa final”, alertou o camisa 7 atleticano.

sábado, 7 de maio de 2011

Debutantes no clássico profissional

Revelados na base, Giovanni Augusto, do Atlético-MG, e Dudu, do Cruzeiro, são cotados para estrear no clássico mineiro

Giovanni Augusto quer manter, no profissional,
o bom retrospecto que teve nos clássicos da
base - Foto: Bruno Cantini
Não precisa valer título, mas se uma taça estiver em jogo é ainda melhor. Seja por qualquer motivo, o tradicional clássico de Minas Gerais entre Atlético-MG e Cruzeiro mexe com os brios de qualquer jogador. O clima de uma rivalidade sadia começa desde a base e, neste domingo, às 16h, na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, dois garotos, um defendendo o preto e o outro o azul, poderão ter a chance de disputar, pela primeira vez como profissionais, este jogão – e justamente em uma final de Campeonato Mineiro.

O meio-campista atleticano Giovanni Augusto, titular nas duas vitórias do clube sobre o América-MG pelas semifinais, parece ter agradado tanto ao treinador, quanto à torcida e deve debutar no clássico, como profissional, no primeiro jogo da finalíssima. Antes da estreia, o jovem lembra do bom retrospecto que costumava ter diante do arquirrival nas categorias de base.

“Na base, sempre tive bons resultados nos clássicos. O último, se não me engano, foi no Independência, pelo Campeonato Mineiro. Ganhamos por 2 a 1 e eu sofri um pênalti e dei o passe para o outro gol. Espero manter este bom retrospecto no domingo”, contou o jogador de 21 anos.
Armador Dudu se dispôs a jogar em qualquer posição
no clássico - Crédito Washington Alves/VIPCOMM

Do outro lado da lagoa, quem pode fazer a sua estreia é o garoto Dudu. Com apenas 19 anos, o armador é o mais cotado para começar a partida no lugar do atacante Wallyson, que se recupera de uma lesão na panturrilha esquerda e é dúvida para o clássico.

“Ainda não sabemos o time que vai entrar jogando, mas se o Cuca optar por mim, eu estou pronto, e com muita vontade de ajudar o Cruzeiro a ser campeão. Onde o professor me colocar eu vou jogar e fazer o melhor para o nosso time se dar bem”, disse Dudu.

Por ter terminado na primeira colocação na fase inicial, o Cruzeiro tem a vantagem de poder empatar os dois jogos ou vencer um e perder o outro pela mesma diferença de gols para se sagrar campeão.