quarta-feira, 26 de maio de 2010

A Argentina é favorita... Mas pelas razões corretas

Há de se criticar, e com razão, aqueles que apostaram na Argentina como favorita para a Copa do Mundo pelo fato de a seleção ter se classificado com dificuldade, com brigas no time, sem comando por parte do treinador e outros problemas que nós brasileiros já passamos algumas vezes com o time canarinho. Ainda sou contra esses fatores para apontar um candidato. A Argentina é favorita, sim. Mas só o é pelas boas peças, pela capacidade de decisão, pelos valores individuais e pela tradição, mas não pelas confusões. Isso é ser simplista e covarde. Sim, covarde. No sentido de esperar dar certo uma aposta com argumentos bobos para cravar no fim o famoso 'eu avisei'. Essa pode colar para quem não entende nada de nada. Não dá para aceitar esse oportunismo. E que partiu de muita genta da mídia. Para radicalizar, de acordo com o pensamento 'deles', Portugal também é favorito para a Copa do Mundo, já que passou dificuldades, etc, etc, etc.


Além disso, o time de Maradona ainda precisa encontrar a melhor solução para o sistema defensivo, que não tem jogadores de ótimo nível como os da linha de frente.

São os mesmo pontos apontados por muitos para o Flamengo levar a Libertadores 2010. E deu no que deu. O time se classificou com a pior campanha, na bacia das almas, não tinha padrão de jogo, e alguns queriam nos empurrar que é assim que o Fla gosta, que vai vencer a competição, que é candidato ao título. Ah, moçada. Aí não.

A Argentina é candidata ao título da Copa do Mundo. A França também. O Brasil. A Holanda. A Itália, Espanha, Alemanha, Inglaterra...

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Muito além do óbvio da bola

Para aqueles que gostam de futebol e querem mais do que simplesmente o mesmo de sempre, aí vai um texto interessante escrito por Marcos Caetano, para a Piauí.


Espetacular crítica aos 'homens que tudo podem no Brasil'. Jogadores de bola que nada acrescentam à sociedade - poucos até hoje o fizeram - e só pensam em confusão, cerveja e usar a religião para outros fins. Faça o teste e escreva em um pedaço de papel quantos nomes vêem à mente ao ler o texto.

É isso.

domingo, 2 de maio de 2010

Pedaladas, Ganso, Messias e Neymar

Hoje assistíamos ao jogo do Santos contra o Santo André quando comentamos a respeito do comportamento do Ganso. Um fora de série, alguém que vai longe. A sabedoria de cada lance faz dele um diferenciado, um ''bom demais'', como dizemos aqui em Belo Horizonte. Corre quando precisa, cadencia quando precisa e ainda tem a coragem de tentar um chapéu com seu time perdendo por 3 x 2, em uma final de Campeonato Paulista.

Porém, o que mais surpreende é a humildade e a maturidade do jovem. Pode ser um pensamento simplista, de gente de fora, até meio sem sentido, mas aí vai... O que podemos sentir é que Ganso segue um caminho interessante do tutor Giovanni, o Messias, responsável pela presença do aspirante a astro no Clube da Vila Belmiro desde 2005. Não é só o fato de ambos serem paraenses. A seriedade e o compromisso com o time é algo que espanta, principalmente agora para nós, que observamos o futebol a fundo nos tempos do Império do Amor, do Rei da Pedalada e por aí vai. Se o craque santista seguir o rumo do seu conterrâneo muito famoso (ambos são famosos, obviamente), a carreira será brilhante e de muito sucesso com a camisa da Seleção e de algum grande da Europa (sim, é inevitável).

Neymar é um fora de série e merece ser lembrado também. Mas somente pela bola que joga. Volto a frisar que esta pode ser uma análise de quem enxerga do lado de fora do clube, mas há, pelo menos, um pouco de sentido nisso. O moleque se espelha em Robinho, que já sabemos muito bem como é. Craque como Neymar, o santista já forçou a barra por três transferências na carreira (Santos, Real Madrid e Manchester City) e ficou marcado em outrora por brincadeiras fora de hora no Pré-Olímpico, por exemplo.

Que cada uma faça sua análise. Fico com a dupla Ganso/Giovanni.

SUBSTITUIÇÃO E SELEÇÃO
A atitude do Ganso foi uma das coisas mais bonitas e sinceras que já vi dentro de campo. Além disso, Dorival Júnior mostrou uma humildade incrível ao voltar atrás na provável substituição e ainda ao citar, nas entrevistas pós-jogo, o fato ocorrido com o camisa 17. Ganso é craque, em todos os sentidos.

Neymar também merece a palavra, mas só com as bolas nos pés. O garoto anda perdido por aí com lances infantis e caídas sem a menor necessidade. Isso gera uma reposta ruim por parte dos árbitros, adversários e torcedores, que começam a ver Neymar com olhos mais frios.

Ganso merece, sim, uma vaga na Seleção. A opção mais interessante seria no lugar do Kléberson. Dunga pode partir do raciocínio de que tem Ramires, Elano e Daniel Alves para ocupar o 'papel' do flamenguista, caso precisse.

Neymar: fica para a próxima!