sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Existe ética no futebol?

Na noite da última quarta-feira, antes do jogo vencido pelo Cruzeiro por 1 a 0 sobre o Corinthians, o presidente do clube mineiro, Zezé Perrella, atacou a diretoria do São Paulo, que, por meio de seu presidente, Juvenal Juvêncio, teria procurado Cuca, atual treinador celeste, para assumir a mesma função no tricolor.

Em entrevista à Rádio Globo de São Paulo, Perrella disse que “faltou ética” aos diretores são-paulinos.

Há alguns meses, após a saída de Adílson Batista, ex-treinador do Cruzeiro, o técnico do Botafogo, Joel Santana, veio a público comunicar que negou uma proposta do clube mineiro para contratá-lo. Poucos dias depois, foi a vez do treinador do Coritiba, Ney Franco, dizer não ao time azul.

Espera-se que a diretoria cruzeirense tenha tratado essas duas consultas, a Joel Santana e Ney Franco, com o mínimo de ética que o presidente celeste cobrou da cúpula tricolor.
Bola fora

Quando Neymar cobrou um pênalti no estilo “cavadinha” – quando o batedor tenta enganar o adversário, chutando alto e no meio do gol, esperando que o goleiro pule para um dos cantos – no primeiro jogo da final da Copa do Brasil, contra o Vitória, na Vila Belmiro, e perdeu – o goleiro Lee defendeu – a chuva de críticas para cima do atacante foi enorme. Disseram que o camisa 11 deveria levar mais a sério as penalidades.

Na vitória do Cruzeiro por 1 a 0 sobre o Corinthians, na última quarta-feira, Bruno César, meio-campo alvinegro e artilheiro do Brasileirão, também cobrou uma penalidade no meio do gol e viu a bola ser defendida pelo arqueiro Fábio – quarta defesa de pênalti do goleiro em cinco cobranças este ano. Porém, o camisa 10 corintiano cobrou rasteiro e não foi criticado.

A diferença é que, quando Neymar perdeu, sua equipe, o Santos, venceu por 2 a 0 e, na semana seguinte conquistou o título inédito da Copa do Brasil, mesmo perdendo o segundo jogo da final por 2 a 1. Bruno César não converteu a penalidade em gol e o Corinthians perdeu o jogo. Pior, o Timão, segundo colocado no Brasileiro, viu o líder Fluminense, que venceu o Goiás, na casa do adversário, nesta mesma rodada, abrir uma diferença de cinco pontos.

Confira os dois lances abaixo:



terça-feira, 24 de agosto de 2010

Dupla de ataque tricolor passa em branco e defesa sofre dois gols pela primeira vez

Na última semana, o FUTEBLOGBH destacou a dupla de ataque do Fluminense, formada por Emerson e Washington, que até a rodada passada, tinham uma média de um gol por jogo.

Tinham, porque ambos passaram em branco no clássico com o Vasco, que terminou empatado em 2 x 2. O zagueiro Gum e o lateral esquerdo Julio Cesar foram os autores dos gols do Flu. Éder Luis e Fagner marcaram para o time da colina.

Único técnico invicto neste Brasileiro, PC Gusmão – começou no Ceará e durante a Copa do Mundo foi para o Vasco – é também o único treinador responsável, até o momento, por fazer o time de Muricy Ramalho ser vazado mais de uma vez em uma mesma partida.
Atléticos: os visitantes que todo anfitrião gostaria de receber

Se você gosta de receber visitas, com certeza vai adorar abrir as portas de sua casa para os Atléticos. Com apenas um, dois e três pontos conquistados, os xarás de Minas, Goiás e Paraná, respectivamente, são os melhores visitantes que um anfitrião poderia receber.

Dos três, apenas o da região Sul já obteve uma vitória fora de casa. Foi contra o Goiás, pela 11ª rodada. O máximo que o goianiense conseguiu foram dois empates, diante do Ceará e Internacional. Enquanto o mineiro tem que se contentar apenas com um, contra o Avaí.

Para agravar a má fama dos xarás fora de casa, o de Minas e o de Goiás têm o segundo pior ataque, ao lado de Flamengo e Palmeiras, com apenas quatro gols feitos, à frente apenas do Vitória, com três. E o Atlético-PR é o visitante mais vazado, com 18 gols sofridos. Em terceiro lugar aparece o mineiro, que tomou 16 gols longe de seu domínio.

Na 16ª rodada, os Atléticos terão a chance de melhorar o desempenho fora de casa, uma vez que todos jogarão como visitante. O paranaense enfrenta o Grêmio Prudente, o alvinegro pega o Flamengo e o do Centro-Oeste encara o Palmeiras.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Minas Gerais não faz bem ao Cruzeiro

Foto: Eugênio Moraes / Viagens dão mais sorte ao Cruzeiro
O Cruzeiro ainda não encontrou a sua casa. Aquele lugar onde o clube possa fazer valer a força de sua torcida e cozinhar os adversários. Com o terceiro pior aproveitamento como mandante, em sete rodadas o time celeste já jogou em Belo Horizonte, Sete Lagoas e Ipatinga, e conquistou apenas duas vitórias, além de ter o pior ataque.

A invencibilidade do Cruzeiro, dentro de casa, só caiu na última rodada, após a sétima partida da equipe como mandante, quando perdeu por 1 a 0 para o Vitória. Mesmo assim, o clube mineiro é o terceiro pior mandante, com apenas 47,6% de aproveitamento, que corresponde a duas vitórias, quatro empates e uma derrota.

O Cruzeiro também não sabe aproveitar o fator casa para balançar as redes adversárias, tendo o pior ataque como mandante. Ao lado do Goiás, o time de Cuca marcou apenas seis gols diante de sua torcida.

Antes do Mineirão ser fechado para as obras da Copa do Mundo de 2014, o Cruzeiro disputou três jogos no estádio, mas só venceu um, contra o Botafogo, pelo placar mínimo, 1 a 0, e empatou com o Avaí, 2 a 2, e sem gols com o Santos.

Nas três partidas seguintes, quando mandou seus jogos na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, o desempenho foi exatamente o mesmo. A equipe mineira venceu apenas uma vez, 1 a 0 contra o Goiás e empatou por 2 a 2 com o Grêmio e 0 a 0 com o Grêmio Prudente. No Ipatingão, a primeira derrota, 1 a 0 para o Vitória.

Por outro lado, os jogos fora de Minas Gerais compensam o mau desempenho como mandante. O time azul conquistou 45,8% dos pontos disputados como visitante, o quarto melhor aproveitamento no campeonato. O Cruzeiro também aparece na quarta posição, com 10 gols feitos fora de casa, ao lado de Internacional e Corinthians.

De consolo para a torcida, fica a lembrança da divergência do desempenho do time, dentro e fora de casa, no Brasileiro do ano passado. Em 2009, o Cruzeiro terminou a competição na 15ª colocação como mandante e foi o melhor visitante, o que lhe garantiu a última vaga para a Libertadores.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

"Quem será o campeão da Libertadores 2010?"

Com a vitória de ontem à noite, o Internacional se sagrou bicampeão da América e 80% das pessoas, auxiliadas pelo polvo Paul, acertaram o palpite. Logo, 20% não tiveram sucesso. Como o Chivas.

E o FUTEBLOGBH já lançou uma nova enquete: “Líder isolado, o Fluminense vai brigar pelo título brasileiro até o fim?” Participe!
Colorado vira de novo, quebra maldição e é cada vez mais Internacional


O filme de quarta-feira passada se repetiu: o Chivas abre o placar no final do primeiro tempo e o Inter vira o jogo na segunda etapa. A vitória, dessa vez por 3 x 2, não só deu o bi da Libertadores ao Colorado, como põe fim a maldição do Tricolor do Morumbi.

Conforme divulgou o FUTEBLOGBH na última quarta-feira, nos últimos três anos um time brasileiro era o responsável por eliminar o São Paulo da Libertadores e esta mesma equipe decidia a final da competição, com a chance de levantar a taça diante da sua torcida. Foi assim com o Grêmio em 2007, Fluminense em 2008 e Cruzeiro em 2009. Porém, todos acabaram morrendo na praia, como se o Tricolor do Morumbi tivesse lhes rogado uma praga.

Com a vitória no Beira-Rio, o Inter encontrou o antídoto e quebrou essa maldição.

Parabéns ao Colorado, que conquista um título internacional há quatro anos consecutivos, honrando, de fato, o nome do clube!

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Após ser salvo em duas oportunidades pelos companheiros, Renan tem a chance de retribuir e ajudar o Colorado a conquistar o bi da Libertadores

Crédito: Lucas Uebel/VIPCOMM

A falha bisonha de Renan, no primeiro gol do São Paulo, marcado por Alex Silva, na partida de volta das semifinais da Libertadores 2010, poderia ter custado a classificação do Inter à final, se não fosse o gol salvador de Alecsandro.

Do mesmo modo, os gols de Giuliano e Bolívar, na virada do Colorado diante do Chivas, foram os responsáveis por apagar mais um erro do camisa 28, no gol de Bautista, e dar ao clube gaúcho uma boa vantagem para a finalíssima de logo mais, no Beira-Rio.

Agora, a responsabilidade está nas mãos de Renan, que nos três primeiros jogos que disputou com a camisa do Internacional, desde que regressou ao time, após duas temporadas no futebol espanhol, foi imbatível. Mas nos três mais recentes, tomou seis gols.

Quer dizer que, durante os minutos em que estiver em campo esta noite, Renan terá que justificar a confiança depositada na volta dele pelo time que o formou e, se conseguir acabar com essa média negativa de dois gols sofridos nos últimos três jogos e não ser vazado, ao soar o último apito do árbitro, o capitão Bolívar poderá erguer a taça do bicampeonato colorado da Libertadores.

Caso contrário, para o Inter ficar com o troféu, os companheiros de Renan terão que entrar em ação mais uma vez e balançar as redes mexicanas, com pelo menos, o mesmo número de vezes que o goleiro brasileiro for batido.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

A eficiência da dupla de ataque do Flu

Emerson e Washington se
preparam para pegar o Vasco
Desde que estreou com a camisa Tricolor, no empate por 1 x 1 no clássico com o Botafogo, pela 11ª rodada do Brasileirão, Emerson deixou a sua marca em todos os jogos da equipe. Foram quatro partidas e quatro gols.

O atual companheiro de ataque do Sheik tem o mesmo aproveitamento: um gol por jogo. Mas a diferença é que Washington não balançou as redes em todas as partidas que jogou. O camisa 9 passou em branco na vitória sobre o Grêmio, no Olímpico, mas marcou duas vezes na sua estreia, contra o Atlético-PR, no Maracanã. Somado ao gol contra o Inter, na rodada passada, totalizam-se três tentos.

Aliás, nos dois jogos que fez diante da sua torcida, o Coração Valente – assim como Emerson (óbvio) – sempre balançou as redes adversárias. E neste domingo tem clássico contra o Vasco, no Maraca!

Com Emerson e Washington em campo, não tem placar em branco!
Cuca mexe para virar, não para ganhar

Ao final da primeira etapa, o Cruzeiro deixou o gramado do Morumbi jogando no 4-4-2 e perdendo por 1 a 0. No intervalo, Cuca fez a primeira modificação: sacou o lateral esquerdo Diego Renan e colocou o zagueiro Cláudio Caçapa, passando o time para o 3-5-2 e deslocando o volante Everton para a ala esquerda.

Aos 18 minutos, a segunda alteração: o meia Roger entra no lugar de Everton. O volume de jogo do Cruzeiro aumenta. O time mineiro atacava e não deixava o São Paulo, na própria casa, levar perigo. Até que aos 22 minutos a Raposa conseguiu chegar ao empate, no gol chorado de Wellington Paulista. Quinze minutos depois, alcança a virada, com Thiago Ribeiro, após belo passe do estreante Montillo.

O volante Henrique estava sobrecarregado, porque também tinha que cobrir o setor esquerdo. Mas Cuca substitui um atacante por outro: saca Wellington Paulista e promove a entrada de Robert. Ainda faltavam cinco minutos para o término do tempo regulamentar, para uma troca de paralisação de jogo.

Só nos minutos finais é que o atacante tricolor Fernandinho – que já havia entrado no lugar de Marlos, quando seu time ainda vencia por 1 x 0 – percebeu o espaço frágil na direita, deixado pela defesa cruzeirense. Quando Cuca preferiu fazer uma alteração para ganhar tempo, ao invés de tentar consertar o seu setor defensivo, continuou com o lado esquerdo em aberto. Coincidência ou não, ali originou o gol de empate são-paulino, marcado por Ricardo Oliveira, após boa jogada do camisa 12.

Manter Diego Renan no time e trocar Everton por Roger no intervalo, ou nos minutos inicias da segunda etapa, poderia ter tido o mesmo efeito para que o Cruzeiro chegasse à virada, mas sem prejudicar a sua defesa. Esta formação seria bem próxima a utilizada por Cuca nas suas estreias, quando o time venceu Atlético-PR e Goiás. Porém, com Montillo fazendo o papel de Gilberto – fora contra o São Paulo devido a uma lesão no tornozelo esquerdo.

A marcação não é o forte do camisa 6, mas o Cruzeiro teria alguém ali para atrapalhar a ofensiva de Fernandinho, sem precisar que outros jogadores deixassem suas posições, abrindo outros buracos na defesa.

Veja as ilustrações abaixo e tire as suas próprias conclusões:

Time do Cruzeiro com as alterações feitas por Cuca na partida
e a movimentação dos atacantes do São Paulo no lance do gol de empate
Como ficaria o Cruzeiro com a simples troca de Everton por Roger
Após mais de 10 anos, Felipão volta a vencer com o Palmeiras

Seis de junho de 2000, um dia que jamais será esquecido pelos mais apaixonados torcedores palmeirenses. Nesta data, o alviverde eliminava seu maior rival, Corinthians, pelo segundo ano consecutivo da Copa Libertadores. E, até a vitória por 2 a 0 sobre o Atlético-PR, no sábado, este era também o último jogo que o Palmeiras triunfou sob o comando de Luiz Felipe Scolari.

Passaram-se exatos 10 anos, dois meses e oito dias, para que Felipão voltasse a vencer uma partida oficial pelo Palmeiras. Entre a vitória por 3 a 2 sobre o Corinthians – que levou a decisão da semifnal da Libertadores 2000 para os pênaltis, quando Marcos defendeu a última cobrança, de Marcelinho Carioca, dando a classificação ao Verdão – e o triunfo por 2 a 0 contra o time paranaense, o treinador perdeu a final da Libertadores para o Boca Juniors, após dois empates e derrota nos pênaltis, e foi eliminado da Copa do Brasil, nas quartas-de-final, pelo rival São Paulo, com duas derrotas, ambos ainda no ano de 2000. Já em 2010, quando voltou ao Palmeiras, Scolari colecionou quatro empates e uma derrota, até conquistar a primeira vitória.

Confira, no quadro abaixo, todos os jogos do Palmeiras comandados por Felipão, entre a sua última vitória, em 2000, e o primeiro triunfo após 10 anos:

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

A maldição do Morumbi

Se você leu o post abaixo – O Brasil em finais de Libertadores –, já sabe que o Brasil tem, pelo menos, um representante na final da Copa Libertadores nas suas últimas seis edições. Mas talvez não tenha se dado conta ainda de que, desde 2007, para chegar a final da principal competição sulamericana, o representante brasileiro teve que eliminar o São Paulo na fase de mata-mata.

O clube do Morumbi, que não chega a uma final desde que perdeu para o Internacional em 2006, resolveu se vingar e jogou uma praga:

_ Daqui pra frente, todos os times que eliminarem o São Paulo, terão o gostinho de chegar a final e a chance de poder levantar a taça diante de seus torcedores, porém todos eles morrerão na praia!

E não é que a maldição vem dando certo? Em 2007, o Grêmio passou pelo São Paulo nas oitavas-de-final, mas parou na final contra o Boca Juniors (ARG). No ano seguinte, outro duelo de tricolores e o paulista novamente levou a pior, perdendo, dessa vez, para o Fluminense, nas quartas-de-final. Mas o Flu perdeu o título para a LDU (EQU). Ano passado quem se deu bem contra o São Paulo foi o Cruzeiro, também nas quatas-de-final, mas se deu mal na última partida, perdendo a taça para o Estudiantes (ARG).

O Inter, considerado culpado pela fúria do Tricolor, tem a chance de quebrar essa escrita. O clube gaúcho, que disputa o título da Libertadores 2010 com o Chivas Guadalajara (MEX), eliminou o São Paulo na semifinal deste ano e, assim como Fluminense, Cruzeiro e seu arquirival Grêmio, também irá realizar o segundo jogo decisivo em casa.

Resta saber se o Colorado será capaz de desenvolver um antídoto para acabar com a maldição do clube do Morumbi.
O Brasil em finais de Libertadores

Das últimas seis edições da Copa Libertadores, incluindo a de 2010, todas tiveram, ao menos, um representante do futebol brasileiro na final. Ao todo foram 51 edições do principal torneio sulamericano e esta será a 27ª final com a presença de um time do Brasil – em 13, das outras 26 finais, o título foi verde e amarelo.

A Argentina é o país que mais vezes classificou um de seus clubes para a final. Foram 31 vezes no total, conquistando o título em 22 oportunidades. Mas o Brasil é o único país que assistiu a uma final caseira. E foram duas: São Paulo x Atlético-PR (2005) e Internacional x São Paulo (2006).

Sete. Esta foi a maior sequência de finais sem a presença de um clube brasileiro. Durou de 1985 até 1991, desde que o Grêmio foi vice-campeão em 1984, perdendo o título para o Independiente (ARG), até a primeira conquista do São Paulo, em 1992, sobre o Newell’s Old Boys (ARG).

O São Paulo é o clube brasileiro que mais vezes decidiu uma final, foram seis no total. Cruzeiro, Grêmio e Palmeiras estão em segundo, com quatro finais. Santos e Inter seguem na cola, com três. O Tricolor paulista, maior campeão entre os times do Brasil, também é o maior vice, ao lado do rival Palmeiras. Ambos perderam o título em três oportunidades. Cruzeiro e Grêmio aparecem na sequência, com dois vice-campeonatos.

Os cariocas Flamengo e Vasco são os únicos brasileiros com 100% de aproveitamento em finais de Libertadores: uma decisão e um título.

Dos 11 clubes brasileiros que já decidiram uma final, apenas três jamais conquistaram o título: Atlético-PR, Fluminense e São Caetano. O São Paulo, com três troféus, é o maior campeão dentro do Brasil, seguido por Cruzeiro, Grêmio e Santos, com dois. Flamengo, Inter – que pode ser bi na próxima semana –, Vasco e Palmeiras levantaram a taça uma vez.
Neymar e Pato marcam os primeiros gols da era Mano Menezes

Neymar marcou de cabeça, após cruzamento de André Santos. E Pato fechou o placar ao driblar o goleiro, antes tocar para o fundo das redes, depois de receber belo passe de Ramires. Vitória da Seleção por 2 a 0 sobre os Estados Unidos.

Dos 23 jogadores que viajaram para Nova Jersey, apenas os goleiros Jefferson e Renan, os zagueiros Réver e Henrique e os laterais Marcelo e Rafael não entraram em campo. Por azar, Ederson se machucou sozinho, no seu primeiro lance com a amarelinha.

Mano Menezes apostou e estreou bem na Seleção. Agora, é esperar pelas próximas convocações, amistosos, Copa América, amistosos, Olimpíadas – será que dessa vez vai? –, amistosos, Copa das Confederações e mais amistosos – porque, como país sede, o Brasil não participa das Eliminatórias, por já estar classificado para a Copa do Mundo de 2014.

Para você que não pode assistir ao jogo ao vivo, ou quem quiser rever alguns lances, abaixo estão os melhores momentos da primeira vitória da Seleção sob o comando de Mano Menezes:

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Mano aposta no entrosamento dos meninos da Vila
e no equilíbrio do 4-2-3-1

A formação que Mano Menezes deve levar à campo logo mais, na sua estreia como treinador da Seleção, no amistoso contra os Estados Unidos, às 21h11, em Nova Jersey, no estádio New Meadowlands, é bem parecida com aquela arriscada pelo FUTEBLOGBH – A primeira lista de Mano –, há duas semanas, quando o treinador divulgou sua lista de convocados.

As duas únicas diferenças no time titular seriam as entradas de David Luiz e Neymar, nos lugares de Réver e Diego Tardelli, respectivamente. Com isso, Pato deve jogar mais à frente e a “Joia” santista pelo flanco esquerdo, tendo Ganso centralizado e Robinho pela direita – mantendo a formação do trio que se destacou nos títulos Paulista e da Copa do Brasil.

Pelo pouco tempo disponível que o técnico da seleção tem para treinar sua equipe, é justamente o entrosamento de Ganso, Robinho e Neymar que justificaria o último entre os titulares. Pela maior experiência, o atacante do Galo merecia uma chance. Neymar precisa se amadurecer mais, mas será interessante ver seu comportamento dentro de campo logo de cara. David Luiz é boa opção para formar dupla com Thiago Silva, assim como também seria Henrique.

Ao contrário do 4-3-3 que está sendo divulgado, mesmo com as duas mudanças, o esquema 4-2-3-1, preferido de Mano e que ganhou maior repercussão na Copa do Mundo da África do Sul, prevalece. Porque, como o Corinthians de 2009 – do próprio Mano – e o Santos 2010 de Dorival Júnior, os dois atacantes posicionados nos flancos têm a função de recompor o meio-campo e ajudar na marcação, quando o time não tiver a bola.

Aliado ao fato dos esquemas semelhantes, que se confunde com três jogadores de características exclusivas de ataque, a presença de dois volantes que sabem sair jogando apresenta a ideia de uma formação bem ofensiva, o que não deixa de ser verdade. Porém, o que deve ser observado é o equilíbrio existente neste esquema – o que todos treinadores primam para as suas equipes.

Brasileiros preteridos



O torcedor brasileiro que não tiver uma TV por assinatura não poderá assistir, ao vivo, à partida de estreia do técnico Mano Menezes na Seleção, no amistoso contra os Estados Unidos, logo mais, às 21h11, em Nova Jersey, no estádio New Meadowlands. As outras opções são o rádio e a Internet.

Tudo isso porque as TV’s abertas não transmitirão o amistoso. Depois de toda aquela lenga-lenga de que Ganso (principalmente) e Neymar deveriam ter sido convocados para a Copa, finalmente, quando vão debutar na seleção principal, os torcedores brasileiros não poderão assistir.

Em um país de grandes desigualdades sociais como o nosso, apenas uma parcela mínima, de seus 190 milhões de habitantes, têm condições de assinar uma TV a cabo ou via satélite. Tão pouco uma banda larga capaz de possibilitar a transmissão do jogo com qualidade. A opção restante é o velho amigo rádio. Esse sim parece que não deixa o torcedor na mão nunca!

O problema da TV é com o torcedor ou com a CBF?

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Gol (no) Hilário

O jovem atacante mexicano, Javier “Chicharito” Hernández, recém contratado pelo Manchester United, ajudou seu clube a conquistar a FA Community Shield 2010 – a Supercopa da Inglaterra –, no último domingo, marcando um gol hilário. O segundo, da vitória por 3 x 1 sobre o Chelsea, no Estádio de Wembley, em Londres.

No lance, o equatoriano Valencia cruza da direita e Chicharito chuta no seu próprio rosto, antes da bola entrar na meta do goleiro português Henrique Hilário.

Assista ao gol:

"Você aprova Mano Menezes como o novo treinador da Seleção?"

A última enquete do FUTEBLOGBH, mostrou que os leitores estão confiantes no comando de Mano Menezes à frente da Seleção Brasileira. Apesar de que houve um empate (38%) entre as opções “Sim, ele deveria ter sido convidado antes de Muricy” e “Não, tinha opções melhores”, outros 25% dos acompanhantes do blog responderam que “Mano era a melhor opção depois da recusa de Muricy”, mas nenhum deles acha que a “CBF deveria ter insistido com o técnico do Flu”.

E uma nova enquete já está no ar: "Quem será o campeão da Libertadores 2010?" Dê o seu voto!

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Os primeiros gols sofridos por Renan

Renan: de volta ao Colorado
A falha bisonha de Renan no primeiro gol do São Paulo, marcado pelo zagueiro Alex Silva, foi o primeiro sofrido pelo goleiro do Inter desde que voltou da Europa. Ricardo Oliveira marcou o segundo.

Até então, Renan havia participado de três jogos pelo Colorado: dois pelo Brasileiro e um pela Libertadores – a primeira partida contra o São Paulo – , sendo duas vitórias e um empate. Ao todo, foram 300 minutos – sem os acréscimos – de invencibilidade. No Beira-Rio, o goleiro segue sem ser vazado.

Abaixo, as fichas dos jogos em que Renan não sofreu gol, todos no estádio do Inter:






Motivo: 11ª rodada Campeonato Brasileiro 2010
Local: Beira-Rio, Porto Alegre-RS
Data: 25 de julho de 2010, domingo
Árbitro: Wilson Luiz Seneme (SP)
Auxiliares: Ednilson Corona (SP) e Emerson Augusto de Carvalho (SP)
Gol: Internacional: Taison, aos quatro minutos do primeiro tempo
Cartões: Amarelos: Taison (I), Everton (I), Tinga (I), Juan (I), Giuliano (I) e Daniel (I); Jean (F) e Vinicius Pacheco (F)
Público: 25.002 (21.079 pagantes); Renda: R$ 357.275,00
INTERNACIONAL: Renan; Daniel, Índio, Fabiano Eller e Juan; Wilson Matias, Guiñazu, Everton e Tinga (Derley); Taison (Andrezinho) e Rafael Sóbis (Giuliano)
Técnico: Celso Roth
FLAMENGO: Marcelo Lomba; Leonardo Moura, Jean, Ronaldo Angelim e Juan; Rômulo(Marquinhos), Willians, Correa e Petkovic; Vinícius Pacheco (Cristian Borja)e Diego Maurício (Val Baiano)
Técnico: Rogério Lourenço






Motivo: Primeiro jogo da semifinal da Copa Libertadores 2010
Local: Beira-Rio, Porto Alegre-RS
Data: 28 de julho de 2010, quarta-feira
Árbitro: Héctor Baldassi (ARG)
Auxiliares: Ricardo Casas e Héctor Maidana (ARG)
GOL: Internaconal: Giuliano, aos 22 minutos do segundo tempo
Cartões: Amarelos: Bolívar (I); Richarlyson (S) e Jean (S)
Público: 48.166 (43.510 pagantes); Renda: R$ 1.536.375,00
INTERNACIONAL: Renan; Nei, Bolívar, Índio e Kleber; Sandro, Guiñazu, Andrezinho (Giuliano), D'Alessandro e Taison (Rafael Sóbis); Alecsandro
Técnico: Celso Roth
SÃO PAULO: Rogério Ceni; Miranda, Alex Silva e Richarlyson (Cléber Santana); Jean, Rodrigo Souto, Hernanes, Marlos (Fernandinho) e Junior Cesar; Dagoberto (Ricardo Oliveira) e Fernandão
Técnico: Ricardo Gomes






Motivo: 12ª rodada Campeonato Brasileiro 2010
Local: Beira-Rio, Porto Alegre-RS
Data: 1º de agosto de 2010, domingo
Árbitro: Sálvio Spinola (SP)
Auxiliares: Emerson Augusto de Carvalho (SP) e Marco Antônio Martins (SC)
Cartões: Amarelos: Juan (I) e Bruno Silva (I); Ozéia (G), Jonas(G), Hugo(G), Ferdinando (G) e Rafael Marques (G)
Público: 36.240 (33.087 pagantes); Renda: R$ 582.595,00
INTERNACIONAL: Renan; Bruno Silva (Daniel), Bolívar, Índio (Fabiano Eller) e Juan; Sandro, Guiñazu, Andrezinho (Taison) e Giuliano; Rafael Sobis e Everton
Técnico: Celso Roth
GRÊMIO: Victor; Ozeia (Willian Magrão), Rafael Marques e Rodrigo; Maylson (Edílson), Ferdinando, Adílson, Douglas e Hugo; Jonas e Borges (Souza)
Técnico: Silas
Hora da colheita

Colheita de Algodão:
Cândido Portinari
Na quarta-feira à noite o Santos venceu a Copa do Brasil usufruindo-se do regulamento, que condiciona o gol marcado fora de casa como critério de desempate. Até a fase semifinal, a Copa Libertadores também adota essa mesma regra e, na quinta-feira, foi a vez do Internacional tirar proveito, para se classificar à final e garantir uma vaga no Mundial de Clubes da Fifa, no final do ano, em Abu Dhabi.

Mesmo que não seja o campeão, o Inter já tem a vaga assegurada, porque o outro finalista, Chivas Guadalajara, é do México, filiado à Confederação das Américas do Norte e Central e do Caribe (Concacaf). Logo, não pode ser o representante de uma competição organizada pela Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), já que é convidado – em tempo, o Pachuca, também do México, campeão da Champions League, será o representante da Concacaf no torneio da Fifa.

Voltando às decisões envolvendo as equipes brasileiras, Internacional e Santos só conseguiram desfrutar o regulamento, pelo respeito que impuseram aos seus adversários na semana passada, no primeiro jogo decisivo. São Paulo, eliminado ontem pelo Colorado, e Vitória, que perdeu o título nacional para o Peixe, adotaram uma postura de jogo defensiva, preocupando-se mais em não tomar o gol, do que marcar. E pagaram caro por isso.

Por outro lado, Inter e Santos, com a vantagem na segunda partida, souberam se defender, mas sem deixar de atacar, buscando o gol como visitante, que lhes daria a classificação.

Agora, as quatro equipes colhem o que plantaram no primeiro jogo da decisão: o Inter, que decide a final da Libertadores com o Chivas, já tem vaga assegurada no Mundial da Fifa; o Santos conquistou o título inédito da Copa do Brasil e já está classificado para a Libertadores 2011; o São Paulo foi eliminado da competição sulamericana pela quinta vez consecutiva – a segunda pelo Colorado; e o Vitória tem que se contentar com o vice-campeonato da Copa do Brasil.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Santos é o primeiro time a conquistar a Copa do Brasil com derrota na segunda partida das finais

O gol fora de casa é decisivo na Copa do Brasil e foi ele que deu o inédito título ao Santos.

Além do time da Vila Belmiro, os campeões Criciúma (1991), Internacional (1992), Grêmio (1997) e Sport (2008) tiraram proveito do regulamento, porém eles venceram ou, pelo menos, empataram o segundo jogo das finais.

Veja a ilustração abaixo:

Vitória do Santos e do Vitória

O Vitória começou mais ofensivo, como era de se esperar. Jogando em casa e precisando fazer 2 a 0, para levar a decisão aos pênaltis, ou uma diferença de três gols para ser campeão, dentro dos 90 minutos.

Mas aos 18 do primeiro tempo, o técnico da equipe baiana, Ricardo Silva, foi obrigado a trocar o lateral Nino (contundido) pelo zagueiro Gabriel e reestruturar seu time, que jogava no 4-4-2, para o 3-5-2, deslocando o volante Bida para a ala direita.

A partir de então, o Santos criou muitas chances, tocava a bola com facilidade, cruzava na área, mas não conseguia finalizar.

Porém, em uma bobeira da zaga santista, Schwenck ficou com a bola, mas perdeu uma grande chance, na cara de Rafael, que soube sair e fechar bem o ângulo. Boa defesa do goleiro!

Então, aos 32 minutos, o mesmo Schwenck conseguiu marcar, de cabeça, mas o gol não valeu. O assistente sinalizou, corretamente, posição irregular do atacante.

Como um balde d’água fria para o time da casa, faltando um minuto para o término do tempo regulamentar, no rebote de uma cobrança de falta alçada na área, pela esquerda, Neymar coloca a bola na cabeça de Edu Dracena, que inaugura o placar do Barradão.

Na comemoração dos jogadores santistas, um deles parece gritar:

_ É campeão!

Pela leitura do jogo, era difícil de acreditar que o Vitória poderia fazer quatro gols no segundo tempo, para ficar com a taça.

Na volta do intervalo, o time rubronegro precisava empatar logo no início, para ter disposição de lutar, ao menos, pela virada e sair de cabeça erguida.

E conseguiu!

Primeiro com o zagueiro Wallace. Logo aos 11 minutos, após lançamento para a área, Ramon escorou de cabeça para o camisa 3 matar no peito e finalizar de pé direito. A bola ainda desviou nas costas de Durval, antes de entrar na meta de Rafael.

E, segundo com Júnior, quando aos 32 minutos, Neto Coruja, em uma bela enfiada de bola, achou o atacante na área, que em posição legal, tocou por cima de Rafael, à meia altura, na saída do goleiro e fazer a alegria dos baianos.

Mas o gol do camisa 9 não foi suficiente. O título havia sido perdido na quarta-feira passada, na Vila Belmiro, quando o Vitória se postou atrás e pouco levou perigo ao adversário – ou não levou perigo algum. Na Copa do Brasil, o gol fora de casa é muito importante.

Apesar do placar adverso, vitória do Santos, que com o gol fora de casa garantiu o inédito título da Copa do Brasil!

E vitória do Vitória, que se não levantou a taça, sai do Barradão de cabeça em pé, como o primeiro vice-campeão da Copa do Brasil que vence o segundo jogo das finais.

Assista aos gols do jogo em Salvador:

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Escola do Professor Pardal

Matrículas abertas! Aulas com o professor Adílson Batista.

_ Cuca e Luxemburgo já aprenderam a 1ª lição: posição de lateral é no meio-de-campo.

Por volta dos 30 minutos do segundo tempo, do clássico de ontem, entre Atlético e Cruzeiro, no Estádio Arena do Jacaré, em Sete Lagoas – o primeiro vencido pela Raposa no interior do estado, 1 a 0 –, Cuca, que substituiu Adílson no comando celeste, trocou o meia Everton, pelo lateral direito Rômulo, sendo que o titular da lateral direita, Jonathan, também estava em campo.

A princípio, a ideia era a de que Jonathan fosse deslocado para o meio-de-campo e que Rômulo assumisse a função de lateral. Porém, o que se viu foi uma confusão tática, de um time que se postou atrás – como em, praticamente, quase toda a partida – e só dava chutões para frente, para espantar as investidas atleticanas e segurar o resultado – já que vencia por 1 a 0 –, o descansado Rômulo era quem se via, pela TV, mais à frente – e algumas vezes até pelo flanco esquerdo –, para tentar ficar com a bola que era isolada pelos defensores de azul.

Do outro lado, Vanderlei Luxemburgo ao sacar o armador Ricardinho e promover a entrada do lateral esquerdo Leandro, conferiu ao até então lateral esquerdo, Fernandinho, a função de meia-armador do Galo – tradicionalmente como fizera diversas vezes Adílson Bastista, quando treinava o próprio Fernandinho no Cruzeiro.

_ Segunda lição: se não tem lateral, improvise um zagueiro – veja mais no post abaixo: "Colocando o dedo na ferida".

A Escola do Professor Pardal está localizada no Parque São Jorge, Rua São Jorge, 777, Tatuapé, São Paulo - SP.

Nota: este post não tem intenção de ridicularizar o trabalho, ou denegrir a imagem de qualquer um dos treinadores acima citados, mas relacionar a forma de trabalho e pensamento deles, de um modo diferente. Admiro os treinadores que encontram grandes soluções nas situações mais adversas - não estou falando que foi o caso dos espisódios aqui transcritos -, mas só erra quem não tem medo de tentar, de arriscar.
Colocando o dedo na ferida


O clássico paulista, entre Palmeiras e Corinthians, terminou empatado em 1 a 1, no Pacaembu. No time palmeirense, o atacante Ewerthon começou o jogo pela esquerda e Márcio Araújo, terceiro homem de meio-campo, mais à direita. Felipão inverteu o lado dos dois e o volante pode ajudar Edinho e Armero na marcação de Elias e Alessandro, que atacavam pela direita. Enquanto isso, Ewerthon partia para cima de Leandro Castán, improvisado por Adílson Batista – que fazia a sua estreia como treinador do alvinegro – na lateral esquerda, mas zagueiro de origem. O titular Roberto Carlos estava suspenso.

Felipão colocou o dedo na ferida e o time alviverde se equilibrou: melhorou a marcação e encontrou espaço para atacar. A válvula de escape corintiana, poderia ter sido com Jucilei aparecendo mais à frente, como elemento surpresa, mas Adílson preferiu outra tentativa: colocar Defederico no lugar de Bruno César. O empate tirou o Timão da liderança, que, agora, pertence ao Fluminense.
A volta do Coração Valente


Um ano e meio após trocar o Fluminense pelo São Paulo, o atacante Washington está de volta às Laranjeiras, onde foi vice-campeão da Libertadores em 2008.

E na sua reestreia, diante de 30 mil torcedores pagantes, no Maracanã, Washington foi melhor do que se esperava: dois gols e uma assistência, na vitória por 3 a 1, sobre o Atlético-PR, que estreava o equatoriano Guerron, algoz do Flu na final da Libertadores 2008 – e, como não poderia deixar de ser, o ex-atacante da LDU foi “muito homenageado” pelos torcedores tricolores.

Porém, se o principal fator que fez o centroavante voltar foi a sua insatisfação com a reserva no São Paulo, não deve haver outro destino para o atacante no Fluminense, que não seja o banco. Dificilmente o time deve começar uma partida com Fred e Washington no ataque, porque são jogadores parecidos, de área. Emerson faz a função de segundo atacante, tem mais velocidade e pode cair pelos flancos, assim como Alan – é um ponto de vista,  você pode discordar. Não sou eu que vou dizer a um treinador tricampeão Brasileiro como armar seu time.

Se Washington jogou os 90 minutos e contribuiu diretamente com a vitória do Fluminense, no último sábado, é porque Fred está se recuperando de um estiramento grau dois na panturrilha esquerda . O Coração Valente entrou e fez aquilo que ele melhor sabe: gols.

O Fluminense, que já é líder do Brasileirão, não tem um elenco perfeito, mas Muricy está formando um plantel de muito respeito, com opções para repor alguns de seus principais jogadores – exceto Conca – e poderá ficar ainda melhor se a contratação de Deco for oficializada.