terça-feira, 17 de agosto de 2010

Cuca mexe para virar, não para ganhar

Ao final da primeira etapa, o Cruzeiro deixou o gramado do Morumbi jogando no 4-4-2 e perdendo por 1 a 0. No intervalo, Cuca fez a primeira modificação: sacou o lateral esquerdo Diego Renan e colocou o zagueiro Cláudio Caçapa, passando o time para o 3-5-2 e deslocando o volante Everton para a ala esquerda.

Aos 18 minutos, a segunda alteração: o meia Roger entra no lugar de Everton. O volume de jogo do Cruzeiro aumenta. O time mineiro atacava e não deixava o São Paulo, na própria casa, levar perigo. Até que aos 22 minutos a Raposa conseguiu chegar ao empate, no gol chorado de Wellington Paulista. Quinze minutos depois, alcança a virada, com Thiago Ribeiro, após belo passe do estreante Montillo.

O volante Henrique estava sobrecarregado, porque também tinha que cobrir o setor esquerdo. Mas Cuca substitui um atacante por outro: saca Wellington Paulista e promove a entrada de Robert. Ainda faltavam cinco minutos para o término do tempo regulamentar, para uma troca de paralisação de jogo.

Só nos minutos finais é que o atacante tricolor Fernandinho – que já havia entrado no lugar de Marlos, quando seu time ainda vencia por 1 x 0 – percebeu o espaço frágil na direita, deixado pela defesa cruzeirense. Quando Cuca preferiu fazer uma alteração para ganhar tempo, ao invés de tentar consertar o seu setor defensivo, continuou com o lado esquerdo em aberto. Coincidência ou não, ali originou o gol de empate são-paulino, marcado por Ricardo Oliveira, após boa jogada do camisa 12.

Manter Diego Renan no time e trocar Everton por Roger no intervalo, ou nos minutos inicias da segunda etapa, poderia ter tido o mesmo efeito para que o Cruzeiro chegasse à virada, mas sem prejudicar a sua defesa. Esta formação seria bem próxima a utilizada por Cuca nas suas estreias, quando o time venceu Atlético-PR e Goiás. Porém, com Montillo fazendo o papel de Gilberto – fora contra o São Paulo devido a uma lesão no tornozelo esquerdo.

A marcação não é o forte do camisa 6, mas o Cruzeiro teria alguém ali para atrapalhar a ofensiva de Fernandinho, sem precisar que outros jogadores deixassem suas posições, abrindo outros buracos na defesa.

Veja as ilustrações abaixo e tire as suas próprias conclusões:

Time do Cruzeiro com as alterações feitas por Cuca na partida
e a movimentação dos atacantes do São Paulo no lance do gol de empate
Como ficaria o Cruzeiro com a simples troca de Everton por Roger

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