domingo, 4 de dezembro de 2011


Treinador disputou três clássicos pelo lado cruzeirense e dois com a camisa do Galo

Em ano atípico, Cuca comandou os dois maiores de Minas e comemorou título no único clássico que venceu, em cinco disputados - Foto: Pedro Vilela/Futura Press
O técnico Cuca viveu uma situação incomum em 2011. O treinador esteve à frente da comissão técnica dos dois principais clubes de Minas Gerais, Atlético e Cruzeiro, tendo participado de cinco clássicos, mas venceu apenas um, exatamente aquele em que se sagrou campeão mineiro.

No início do ano, o treinador vestia o azul do Cruzeiro e pode participar de três clássicos comandando o time estrelado, no Campeonato Mineiro. Nas duas primeiras partidas do ano entre os arquirrivais, Cuca saiu de campo amargando a desvantagem no placar. Vitórias de 4 a 3, na fase de classificação, e 2 a 1, no primeiro jogo da final do estadual, para o Atlético.

Uma semana depois do segundo revés, Cuca comandaria aquele que seria seu último clássico como treinador do Cruzeiro e também o único que ele venceria em 2011. O triunfo por 2 a 0 sobre o rival, na segunda e decisiva partida da final, lhe propiciou ostentar a faixa de campeão mineiro no peito.

Após cinco jogos sem vitórias no Brasileirão, somado a uma eliminação inesperada da Copa Libertadores, o treinador decidiu pedir demissão do cargo, no final de junho. No início do segundo semestre, em agosto, sem ter passado por qualquer outro clube, Cuca aceitou o desafio de assumir o comando daquele que, até dois meses atrás era seu arquirrival, com a missão de livrar o Atlético do risco de rebaixamento.

Logo no seu sexto jogo vestindo o uniforme do Galo, o técnico reencontrou seu antigo clube pelo caminho e sofreu um novo revés na temporada. Com dois gols de Montillo, jogador que foi contratado, no ano passado, com o aval do próprio treinador, o time azul venceu por 2 a 1.

Na partida derradeira do Brasileirão, disputada na noite deste domingo, Cruzeiro e Atlético entraram em campo com objetivos distintos. Apesar da má campanha de ambos na competição nacional, o Galo já havia conseguido se livrar do risco de rebaixamento há uma rodada e brigava por uma vaga na Copa Sul-Americana do ano que vem, enquanto o clube celeste ainda precisava evitar uma queda inédita para a Série B.

Temendo a possibilidade de cair para uma divisão inferior do Campeonato Brasileiro, o Cruzeiro não tomou conhecimento do rival em campo e aplicou uma goleada de 6 a 1, que além de lhe garantir na Série A em 2012, ainda tirou a chance do Atlético de disputar um torneio internacional no próximo ano. Neste mesmo instante, Cuca completava seu quinto clássico, com uma única vitória em 2011 e apenas 20% de aproveitamento, mas que lhe possibilitou erguer um troféu na temporada.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

O melhor time do Brasil é o Vasco

O azar do Vasco é não ter um atacante com características de área com qualidade. Se não fosse isso, o time seria favorito aos títulos da Copa Sul-Americana e do Campeonato Brasileiro. Das opções do técnico Cristóvão Borges, Alecsandro, em má fase, é muito criticado pela torcida e Elton se machucou e desfalcou os cruz-maltinos no duelo importante frente à Universidad de Chile. Os cariocas não conseguiram superar o forte sistema defensivo do adversário e perdeu por 2 a 0, diante de mais de 20 mil torcedores que lotaram o Santa Laura, em Santiago.



Contra o Flamengo, domingo, no Engenhão, o Vasco precisa mostrar o futebol de velocidade que deixou boa impressão no país no primeiro semestre, quando conquistou a Copa do Brasil. Por mais que o Corinthians possa ser campeão com um simples empate diante do Palmeiras, no Pacaembu, as chances de os cariocas ganharem seu quinto título são boas. Depois do Santos, de Neymar, que já pensa no Mundial de Clubes, (no Japão), o time que encanta o Brasil hoje é o Vasco, recuperando o prestígio perdido desde o início da última década.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011


Jogador do Flamengo entrou no segundo tempo e mudou a partida contra o Cruzeiro

Com espaço para jogar, Muralha foi um dos destaques do Flamengo
na goleada sobre o Cruzeiro – Crédito: Nina Lima/VIPCOMM
Para tentar explicar a goleada de 5 a 1 aplicada pelo Flamengo para cima do Cruzeiro, no último domingo, a conversa que se ouvia nos bares e em muitas mesas redondas na TV, tratavam de um suposto “efeito psicológico” que teria tomado conta do time celeste, que, além do mau momento que vive no Campeonato Brasileiro, tão logo perdeu uma penalidade, sofreu o empate rubronegro. Tudo bem que alguns jogadores possam se abalar em situações assim, mas no calor de uma partida não é possível que todos os 14 atletas (titulares e substitutos) tenham se afetado psicologicamente por conta de (mais) um tiro livre de 11 metros desperdiçado.

Flamengo e Cruzeiro fizeram um duelo equilibrado na primeira etapa. O clube mineiro saiu na frente com Anselmo Ramon, e poderia ter aumentado a vantagem com Farías e Victorino. Mas a equipe carioca não estava morta. Logo no início da partida já tinha tido um gol (bem) anulado e pouco depois do lance do pênalti, conseguiu chegar ao empate, com Deivid. O atacante recebeu livre na intermediária e arriscou o chute. A bola tocou no travessão, voltou nas costas do goleiro Fábio e entrou. Pronto. O professor Vanderlei Luxemburgo tinha acabado de achar o caminho para a vitória.

Não. O caminho não era tentar acertar a trave, que já tinha salvado o Flamengo em duas oportunidades na defesa e contribuído com o primeiro gol carioca. O ponto era o local de onde o chute saiu. Deivid só arriscou dali porque encontrou espaço.

O Cruzeiro foi escalado no 3-5-2. Atrás, os três zagueiros marcavam apenas dois adversários, Deivid e Ronaldinho Gaúcho. Pelos lados, Marquinhos Paraná e Diego Renan cuidavam das subidas de Junior Cesar e Léo Moura, respectivamente. Thiago Neves e o jovem Thomás ficavam sob as custas de Fabrício e Charles, no meio. Mais à frente, Montillo se responsabilizava por Airton e Maldonado, que pouco produzem ofensivamente.

Logo, Luxemburgo viu que mais um jogador no meio poderia desmontar o esquema de marcação da Raposa e resolveu apostar em Muralha no lugar de Maldonado, na volta do intervalo. Apesar de ambos serem volantes, o atleta criado na Gávea tem mais facilidade para sair jogando, enquanto o chileno é pura marcação.

Não por acaso, Muralha colocou Thiago Neves na cara do gol em duas oportunidades. A primeira em um belo lançamento e a segunda em jogada de linha de fundo. E o camisa 7 não perdoou.

Por mais que o time do Cruzeiro tenha suas deficiências e atualmente viva uma fase completamente diferente daquela de quando era chamado de “Barcelona das Américas” no início do ano, uma simples cobrança de pênalti mal efetuada não poderia causar inúmeros danos em uma partida.

A entrada de um jogador mais avançado, como Roger ou Élber, no lugar de um dos zagueiros, que estavam sobrando, ou até mesmo na vaga de um dos atacantes, caso o técnico optasse por não expor demais a equipe, para preencher o espaço vazio onde Muralha atuava, poderia ter dado outros números ao placar final. Ou pelo menos, uma derrota sem tanto estrago.

Zona da degola não é inédita em 2011

Ao contrário do que muitos repórteres e comentaristas têm informado, esta não é a primeira vez que o Cruzeiro termina uma rodada na zona de rebaixamento neste Brasileirão. Já fora da Libertadores, a Raposa começou a competição nacional sem vencer nos cinco primeiros jogos e marcou presença entre os quatro últimos da 3ª a 5ª rodada, alternando entre a 17ª e 18ª colocações.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011


Revelado nas categorias de base do Atlético-MG, Túlio de Melo dedicou o tento aos profissionais do Corinthians

Faro de gol: Túlio de Melo estreou na Champions League já balançando
as redes – Crédito: Divulgação/LilleOSC
Apesar da derrota do Lille-FRA por 2 a 1 para a Inter de Milão-ITA, no estádio Giuseppe Meazza, na última quarta-feira (2), em confronto válido pela quarta rodada do Grupo B da Champions League, o brasileiro Túlio de Melo tem o que comemorar. Logo na sua estreia na maior competição de futebol de clubes da Europa, o atacante do clube francês, que entrou no intervalo da partida, marcou o único gol do seu time.

“Fico feliz por ter marcado o gol que nos deu a esperança de lutar pelo empate. Embora ele não tenha vindo, sabemos que ainda temos chance de classificação e vamos trabalhar em busca disso", afirmou o camisa 9, que também comentou sobre o jogo.

“Entramos bem na partida e tivemos as melhores oportunidades e melhor posse de bola. Pesou a experiência da equipe da Inter que, com vários quilômetros rodados na Champions League, soube utilizar bem uma das poucas chances que teve para abrir o placar em bola parada”, analisou o jogador de 26 anos.

Essa foi a terceira participação de Túlio em jogos do Lille, após o seu retorno de lesão. Durante a pré-temporada internacional, em agosto, o atleta sofreu uma fratura por estresse na tíbia da perna direita e decidiu se tratar no Brasil. A convite do zagueiro Paulo André, do Corinthians, com quem atuou no Le Mans-FRA, o jogador revelado nas categorias de base do Atlético-MG, passou um mês se recuperando nos departamentos médico e fisioterápico do clube do Parque São Jorge.

"Foi um período de trabalho árduo. Sou grato a todos os profissionais do Corinthians. Me ajudaram muito na recuperação e dedico meu primeiro gol na Champions League a eles. É o mínimo para retribuir todo o tratamento que recebi", disse o atacante, que ficou aos cuidados do fisioterapeuta Bruno Mazzioti.

Natural de Montes Claros, norte de Minas Gerais, Túlio de Melo foi formado pelo Atlético-MG, onde permaneceu dos 11 aos 19 anos de idade, e despertou o interesse do Aalborg-DIN. Antes de se transferir para o clube dinamarquês, o jogador precisou ser emprestado ao Santa Cruz, do Recife, para ter experiência profissional. Na sequência, o atacante assinou com o Le Mans por três temporadas, teve uma rápida passagem pelo Palermo-ITA e desde 2008 defende a camisa do Lille, atual campeão francês e da Copa da França.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Em ascensão, Galo agora busca inédita terceira vitória seguida

Grêmio é o próximo alvo do Atlético-MG, que abriu quatro pontos da zona de rebaixamento

Técnico Cuca considera fundamental o apoio da massa atleticana para o
time alcançar novo feito – Foto: Bruno Cantini/Atlético-MG

Com mais tranquilidade para trabalhar durante a semana, e sem correr o risco de voltar para a zona de rebaixamento na próxima rodada, após abrir uma vantagem de quatro pontos, depois de superar o Palmeiras por 2 a 1, o Atlético-MG agora vai em busca da sua terceira vitória seguida, façanha ainda não alcançada pelo clube neste Campeonato Brasileiro.

Antes de vencer a equipe paulista, o Galo havia levado a melhor no confronto com o Fluminense, que terminou com o placar de 2 a 0, no Engenhão, pela 31ª rodada. Neste sábado (5), o time alvinegro recebe o Grêmio, às 19h, na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas.

Após a vitória desse domingo, o técnico Cuca classificou como “fundamental” o apoio da torcida atleticana e pediu que ela volte a comparecer em peso, na partida contra o tricolor gaúcho, para ajudar o time a seguir em ascensão.

Eu acho que essa vitória veio pelos pés dos jogadores e pela garganta do torcedor, lado a lado. O pessoal empurrou, ajudou, entendeu, o time ajudou a torcida e a torcida ajudou mais ainda o time. Então, está de parabéns. E eu peço que sábado que vem, que a gente tenha nesse mesmo tanto, com esse mesmo empenho que o torcedor veio, para a gente conseguir mais uma vitória, que não tem nada conquistado ainda”, reconheceu o treinador, alertando que o clube não pode se acomodar.

Autor do segundo gol do triunfo alvinegro sobre o Palmeiras, o volante Fillipe Soutto comemora o bom momento da equipe.

“Fico feliz pelo empenho do time e por conquistar duas vitórias seguidas, coisa que há algum tempo não acontecia para a gente”, disse o camisa 25.

Essa foi a terceira vez que o Galo venceu dois jogos seguidos neste Brasileirão. Curiosamente, as duas primeiras ocorreram nas rodadas iniciais do turno e do returno, quando o clube superou Atlético-PR e Avaí, rivais diretos na luta contra o descenso.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Dependência da “camisa 10” celeste

Nos últimos cinco jogos, Cruzeiro marcou sete gols; todos com o “dono da 10”

Com a camisa 10 celeste, Montillo já marcou 21 gols nesta temporada
e é o artilheiro do time - Crédito: Washington Alves/VIPCOMM


No dia em que o Brasil comemorava a sua independência da metrópole portuguesa, o Cruzeiro completou uma sequência de cinco partidas, em que dependeu, unicamente, do seu “camisa 10” para balançar as redes adversárias. Nesses últimos jogos, foram anotados sete gols pelo time celeste, todos de Montillo e Charles.

A “dependência da 10” teve início na vitória por 1 a 0 sobre o Ceará, pela 18ª rodada do Campeonato Brasileiro, quando Montillo marcou, de pênalti, o gol que garantiu a vitória cruzeirense, no estádio Parque do Sabiá, em Uberlândia. No jogo seguinte, o argentino anotou os dois que valeram o triunfo da Raposa, no clássico contra o arquirrival Atlético-MG por 2 a 1, na Arena do Jacaré.

Suspenso por receber três cartões amarelos, o maior goleador do Cruzeiro na temporada com 21 gols, ficou fora da estreia no returno contra o Figueirense e passou o “encanto da 10” a Charles. Vestindo a “camisa mágica” o volante, que fazia a sua primeira partida como titular desde que retornou ao clube, anotou os dois tentos da derrota celeste por 4 a 2, em Ipatinga.

Ao reassumir a sua camisa nos dois jogos seguintes, Montillo voltou a ser o autor dos dois únicos gols do Cruzeiro nessas partidas. O primeiro no empate do duelo com o Palmeiras, 1 a 1, no Pacaembu, e o segundo para minimizar a derrota dessa noite, por 2 a 1, para o Fluminense, em Uberlândia.

Na série dessas cinco partidas, Montillo jogou quatro e anotou cinco gols, enquanto Charles contribuiu com dois tentos e esteve em campo nos cinco jogos, tendo participado dos dois primeiros como suplente.

O último jogador a marcar pela Raposa sem trajar a camisa 10 foi Wellington Paulista, na derrota de 2 a 1 diante do Atlético-PR, em Curitiba, pela 17ª rodada do Brasileirão.

Confira a série de cinco jogos em que apenas o “dono da 10” marcou os gols do Cruzeiro:

Cruzeiro 1 x 0 Ceará – Montillo (26’/2ºT)
Atlético-MG 1 x 2 Cruzeiro – Montillo (11’/1ºT e 43’/2ºT) e Fillipe Soutto (11’/1ºT)
Cruzeiro 2 x 4 Figueirense – Júlio César (28’/1ºT e 13’/2ºT), Elias (35’/1ºT), Charles (37’/1ºT e 14’/2ºT) e Wellington Nem (5’/2ºT)
Palmeiras 1 x 1 Cruzeiro – Luan (24’/2ºT) e Montillo (40’/2ºT)
Cruzeiro 1 x 2 Fluminense – Fred (35’/1ºT), Marquinho (17’/2ºT) e Montillo (24’/2ºT)

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Pep Guardiola: um “covarde” no comando do melhor time do mundo

Mesmo levantando 12 troféus em três anos, Guardiola seria um treinador “covarde”,
segundo o idealismo popular – Foto: David Ramos/Getty Images


“Esse técnico está louco, escalar um time com seis volantes?!”. “Retranqueiro!”. “Covarde!”. “Está com medo de perder? Vai embora logo!”. Se você nunca se exaltou, seja no estádio, no bar, ou mesmo no conforto de casa, proferindo uma frase dessas, com certeza já cansou de escutá-las da boca de algum torcedor. Com exceção dos fãs do Barcelona.

Na última segunda-feira (29), o time catalão enfrentou o Villarreal – um dos melhores clubes entre os 18 coadjuvantes do Campeonato Espanhol, ofuscados pelo poderio técnico dos gigantes Real Madrid e o próprio Barça –, no Camp Nou, com seis volantes na escalação inicial. Uma afronta a qualquer estilo de jogo bonito, a qualquer equipe ambicionada pela vitória. O estopim para a taquicardia de qualquer torcedor mais inflamado. Não para o time comandado por Pep Guardiola. Menos para os entusiastas do clube azul grená, que viram seu time golear o adversário por 5 a 0.

Com a suspensão de Daniel Alves e as lesões de Puyol e Piqué, além da de Adriano, o estrategista ainda poupou Xavi e Villa e optou por um esquema novo. Habituado ao estilo 4-3-3, o time atuou em um 3-4-3 recheado de volantes: Valdés; Mascherano, Busquets e Abidal; Keita, Fábregas, T. Alcântara e Iniesta; A. Sánchez, Messi e Pedro.

Para o ex-jogador e atual comentarista de futebol, Tostão, existe uma demasiada confusão em relação ao posicionamento dos jogadores em campo, tanto por parte da imprensa quanto da torcida.

“Há um descaso de parte da mídia com os detalhes táticos. Isso começa antes das partidas, quando a televisão mostra a posição dos jogadores. Raramente é a correta. Muitos torcedores querem entender, e não apenas torcer”, escreveu o campeão mundial, em sua coluna no jornal Folha de São Paulo, do último dia 21.

Para o técnico do clube catalão “o trabalho do treinador é conhecer seus jogadores e suas qualidades”. Não importa a posição de cada atleta, o que interessa é qual a função tática ele desempenha dentro de campo. Apesar de volantes, os meias do Barça não se satisfazem apenas em marcar e destruir ataques, eles também sabem jogar um futebol ofensivo e desempenham essa função com maestria.

“Neste clube sempre se pensou que o bom futebol se faz com os meio-campistas, e temos a sorte de contar com muitos e muito-bons”, revelou Guardiola, durante a coletiva de imprensa após a partida.

Mesmo com a opção de poder escalar um zagueiro de ofício, o jovem Fontás – que, por curiosidade, quando se ingressou nas categorias de base do Barcelona era jogador de meio-campo –, Guardiola decidiu por improvisar, mais uma vez, os volantes Mascherano e Busquets na zaga, ao lado do defensor Abidal, apesar de reconhecer que “era um risco jogar assim, porque não tivemos tempo suficiente para nos preparar. Tivemos apenas três ou quatro conceitos explicados, e mais uma vez eles demonstraram ser jogadores muito bons e inteligentes. Deveríamos ter calma atrás e Mascherano e Sergio Busquets nos deram”, justificou o comandante, que na sexta-feira havia conquistado a Supertaça da Uefa, ao vencer o Porto por 2 a 0, em Mônaco.

Esse foi o segundo título do Barcelona na temporada 2011-2012, iniciada ainda neste mês de agosto, e até o final, em maio do ano que vem, o clube espanhol fará inúmeras partidas com volantes de sobra. Mas nem por isso deixará de ser o grande favorito de todos os campeonatos que disputar. E o melhor, sem deixar de contribuir com a beleza do futebol. Você duvida?

segunda-feira, 11 de julho de 2011

“Seleção noveleira” tem pior início na Copa América em 18 anos

Gol de empate de Fred, aos 44 minutos do segundo tempo, evitou que o início da campanha
na Copa América de 2011 fosse pior que o de 1993 - Foto: Ricardo Matsukawa/Terra

Há vinte dias concentrados para a disputa da Copa América 2011, na Argentina, alguns jogadores da Seleção Brasileira comentaram, durante uma das entrevistas coletivas, que gostam de passar o tempo que tem de descanso, entre os treinos e após os jogos, assistindo a novela “Insensato Coração”, da Rede Globo. O que eles não devem saber é que, enquanto acompanham a trama, fazem, sob o comando de Mano Menezes, o pior início do time canarinho no torneio continental em 18 anos.

“Insensato Coração está ‘bombando’ e a gente está ‘ligadaço’ nela”. “É uma trama que está deixando a gente bem intrigado”. “Só não gosto muito do Leo (...), porque ele só faz maldade”. As frases foram ditas, respectivamente, por Daniel Alves, Ramires e Neymar – referindo-se a um dos personagens do folhetim –, antes do empate por 2 a 2 com o Paraguai, o segundo nos dois primeiros jogos do Brasil na fase de grupos.

A última vez que a Seleção ficou sem vencer nas duas partidas iniciais da Copa América foi em 1993. Naquele ano, a competição teve o Equador como sede e o emblema verde e amarelo estreou com um empate sem gols com o Peru, e na sequência perdeu por 3 a 2 para o Chile. No último jogo da fase de grupos o Brasil conquistou sua única vitória, 3 a 0 contra o Paraguai.

Somando três pontos – naquela época a vitória ainda valia apenas dois pontos – a Seleção se classificou em segundo no Grupo B, atrás do Peru com quatro, e nas quartas de final teve que enfrentar a Argentina. Treinado por Carlos Alberto Parreira, o esquadrão brasileiro empatou em 1 a 1 no tempo normal, mas foi eliminado nos pênaltis pela equipe do técnico Alfio Basile.

Satisfeitos por eliminarem seus arquirrivais, os craques daquele time, Simeone, Batistuta e o goleiro Goycochea, mal poderiam saber que, levantariam naquela mesma Copa América o último título da seleção principal da Argentina por, pelo menos, os 18 anos seguintes, após vencer o México por 2 a 1 na final.

Nesta quarta-feira, a equipe de Mano Menezes, dependendo ainda só das próprias forças para seguir na competição, faz seu último jogo da fase de grupos, contra o Equador, logo após a novela. E se “os noveleiros” não quiserem perder o capítulo do dia, terão que por para gravar.

Confira, abaixo, o desempenho da Seleção Brasileira nos dois primeiros jogos da Copa América, desde 1993:

1993 – Brasil 0 x 0 Peru / Brasil 2 x 3 Chile
1995 – Brasil 1 x 0 Equador / Brasil 2 x 0 Peru
1997 – Brasil 5 x 0 Costa Rica / Brasil 3 x 2 México
1999 – Brasil 7 x 0 Venezuela / Brasil 2 x 1 México
2001 – Brasil 0 x 1 México / Brasil 2 x 0 Peru
2004 – Brasil 1 x 0 Chile / Brasil 4 x 1 Costa Rica
2007 – Brasil 0 x 2 México / Brasil 3 x 0 Chile
2011 – Brasil 0 x 0 Venezuela / Brasil 2 x 2 Paraguai

segunda-feira, 4 de julho de 2011

A entressafra do time de Mano

Nos últimos seis jogos, Seleção marcou gol em apenas dois


Trocar a baliza de lugar: Seria esta a solução para o fim da entressafra
de gols do time de Mano? – Créditos: MowaPress

Entressafra, do Dicionário Aurélio: Período entre uma safra e outra do mesmo produto. É um substantivo geralmente utilizado nos campos agrícolas, mas que também pode ser usado no campo de futebol, para tentar explanar o atual momento vivido pela Seleção Brasileira de Mano Menezes. Nos últimos seis jogos, a equipe só conseguiu fazer gol em dois.

Se nas três primeiras partidas do novo treinador a Seleção anotou pelo menos dois gols em cada, nas seis seguintes a queda se mostra preocupante, ao indicar uma média de apenas 0,5 gol por jogo. Contando com o empate em 0 a 0, desse domingo, contra a Venezuela, na Copa América, em quatro dos seis últimos confrontos o time canarinho não balançou as redes adversárias.

Após mais uma partida sem marcar gol, as vaias da torcida foram inevitáveis e para justificar o resultado da estreia na competição continental, Mano Menezes apontou alguns problemas no setor ofensivo da sua equipe na partida.

“Fomos lentos em determinadas horas, outras erramos o último passe, outras jogamos de forma óbvia. Deixamos um isolado no ataque entre dois zagueiros. Precisamos melhorar esse aspecto”, frisou o treinador.

Falando especificamente do empate com a Venezuela, o técnico da Seleção não poupou nem o gramado do estádio Ciudad de La Plata, que acabou se tornando mais um culpado pela queda de gols do time canarinho nos últimos jogos.

“Me parece também que a condição do gramado atrapalhou muito, principalmente de mais velocidade, de mais habilidade. Quando um jogador arrancava dava pra ver um pedaço de grama levantando”, avaliou Mano.

Para tentar acabar com o período da entressafra e melhorar sua colheita de gols, o treinador irá analisar a necessidade de mudanças na equipe titular.

“Vamos ajustar essa parte (criação e finalização) de modo que fique melhor. Se for preciso mudar e os treinamentos mostrarem isso, podemos trocar uma peça para tentar que seja diferente. Mas também não vamos culpar a parte ofensiva, porque o ajuste final é coletivo”, disse o comandante ao site Globoesporte.com.

Em nove partidas à frente da equipe técnica da Seleção Brasileira, Mano Menezes venceu cinco, empatou duas e perdeu duas, média aproximada de 63% de aproveitamento. São 10 gols a favor e dois contra.

Confira, abaixo, o placar de todos os nove jogos da Seleção Brasileira sob o comando técnico de Mano Menezes:

Brasil 2 x 0 Estados Unidos
Brasil 3 x 0 Irã
Brasil 2 x 0 Ucrânia
Brasil 0 x 1 Argentina
Brasil 0 x 1 França
Brasil 2 x 0 Escócia
Brasil 0 x 0 Holanda
Brasil 1 x 0 Romênia
Brasil 0 x 0 Venezuela

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Mudança de técnico é realidade dos últimos campeões da Libertadores

Muricy Ramalho chegou no meio da competição e ajudou o Santos
a conquistar a sua terceira Libertadores – Foto: AP
Enquanto alguns consideram fundamental a manutenção do mesmo treinador para uma equipe ter sucesso em um campeonato, as últimas três edições da Copa Libertadores apontam o contrário. Campeões em 2009, 2010 e 2011 Estudiantes-ARG, Internacional e Santos, nesta ordem, trocaram de técnico ao longo de suas respectivas campanhas vitoriosas na principal competição de futebol de clubes da América.

Liderado por Neymar dentro de campo, o Santos estreou na Libertadores 2011 sob o comando de Adilson Batista, no empate sem gols com o Deportivo Táchira-VEN, e o treinador não fez mais parte da conquista do tricampeonato. Solução caseira, Marcelo Martelotte assumiu o cargo ao longo de três partidas, até a chegada de Muricy Ramalho.

O técnico tetracampeão brasileiro foi o responsável pela arrancada do time alvinegro, que começou ainda na fase de grupos, com a vitória por 2 a 1 sobre o Cerro Porteño-PAR e só terminou com o título, quando o Peixe bateu o Peñarol-URU pelo mesmo placar na decisão dessa quarta-feira à noite.

Ano passado foi a vez do Internacional trocar o seu comando técnico e se dar bem. A equipe colorada iniciou a competição com Jorge Fossati no banco de reservas, mas levantou a taça do bicampeonato da Libertadores sob as orientações de Celso Roth.

A paralisação do torneio durante o Mundial da África do Sul parece ter sido o vilão do técnico uruguaio, que eliminou o Estudiantes-ARG – defensor do título na época – nas quartas de final. Porém, após a Copa, coube a Roth o gostinho de conquistar a América. O novo treinador estreou na competição no jogo de ida da semifinal contra o São Paulo, vencido pelo time gaúcho por 1 a 0, no Beira-Rio e superou o Chivas-MEX nos dois jogos da final.

Para encerrar a lista, o Estudiantes de La Plata, que conquistou o seu terceiro título da Libertadores em 2009, iniciou sua campanha precisando eliminar o Sporting Cristal-PER na fase prévia, para integrar a chave cinco. Nos cinco primeiros jogos, o time argentino foi comandado por Leonardo Astrada, que caiu após a derrota por 1 a 0 para o Deportivo Quito-EQU, pelo terceiro jogo da fase de grupos.

A mudança teve resultado imediato e já na partida de estreia do novo treinador Alejandro Sabella, goleada por 4 a 0 contra o mesmo clube equatoriano. No jogo seguinte, o time de Verón e companhia venceu, com o placar igual, o Cruzeiro, que mais adiante seria sua vítima na final, em pleno Mineirão lotado.

sábado, 28 de maio de 2011


Jogador retorna ao América-MG, clube onde foi formado, e promete comemoração especial para a torcida

Ao sair de uma academia de musculação, em Divinópolis, sua cidade natal, no centro-oeste de Minas Gerais, a 110 quilômetros de Belo Horizonte, onde está mantendo o seu condicionamento físico, o meio-campista Fabrício, novo reforço do América-MG para o Campeonato Brasileiro, atendeu, gentilmente, e contou ao FuteblogBH, por telefone, a sua expectativa na volta ao clube que o formou.

“A emoção de voltar para o América é muito grande. Estou voltando para brilhar, para conquistar títulos e espero que novamente eu possa ser feliz”.

Durante a conversa, o jogador de 31 anos também explica sobre a reviravolta na negociação – ele e o empresário chegaram a noticiá-la como fracassadas, no Twitter –, fala sobre a concorrência por posição no meio-de-campo, o apelido de Homem-Aranha que ganhou na Coreia do Sul e promete uma comemoração especial para a nação americana.

“Eu vou ter que bolar alguma coisa, uma máscara verde, sei lá. Alguma coisa assim para a galera”, revelou.

Confira, abaixo, o bate papo com Fabrício.

Sport Club do Recife foi o último clube de Fabrício antes da
volta ao América - Foto: Divulgação/site oficial do Sport
FuteblogBH – Você está em Divinópolis? Está mantendo o condicionamento físico na academia?
Fabrício – Isso. Você sabe que o Campeonato Brasileiro é puxado e se você fica um tempo parado já perde, então tem que estar sempre se exercitando.


FuteblogBH – Já está fechado com o América? Quando será apresentado?
Fabrício – Já posso falar que está fechado. Faltam só alguns detalhes. Segunda-feira, provavelmente, eu já estou chegando em Belo Horizonte para fazer os exames médicos e então a gente pode marcar a data de apresentação.

“O que aconteceu foi que o Salum pensou muito em relação à minha contratação, porque tem muitos jogadores na minha posição. Antes de eu ir para o Sport, o Salum já tinha me procurado. No penúltimo jogo da Série B, ano passado, também. Este ano acabou que uniu o útil ao agradável, acabou que deu tudo certo e fechamos”.

FuteblogBH – Você e seu empresário Fred Faria, chegaram a noticiar no início da semana, pelo Twitter, que a negociação havia fracassado. Houve uma reviravolta então?
Fabrício – Meu interesse sempre foi de voltar a jogar no América. Mas o América, querendo ou não, tem as dificuldades dele. O que aconteceu foi que o Salum pensou muito em relação à minha contratação, porque tem muitos jogadores na minha posição também. Mas eu já trabalhei com o Mauro Fernandes, no Brasiliense em 2004, e ele conhece meu futebol. O Mauro para mim é como um pai. É um treinador que eu tenho um carinho muito grande por ele.

Antes de eu ir para o Sport, o Salum já tinha me procurado. No penúltimo jogo da Série B, ano passado, eu também conversei com o Salum e ele demonstrou interesse. Este ano acabou que uniu o útil ao agradável. O Salum e o Mauro que me conhecem, o pessoal do América, então acabou que deu tudo certo e fechamos.

FuteblogBH – Quais são as suas expectativas nesta volta ao América?
Fabrício – A emoção de voltar para o América é muito grande. Não estou voltando para encerrar a carreira, tenho muito tempo ainda para jogar. Então estou voltando para brilhar novamente, quero fazer bonito para o torcedor, o treinador, a diretoria.

Estou voltando para ter um lugar novamente no cenário nacional, com o América na Série A. Geralmente quando o jogador está voltando, eles falam que é para encerrar a carreira, mas eu estou voltando para conquistar títulos, para jogar novamente, para ajudar. Estou pensando em jogar até uns 35, 36 anos.

“A emoção de voltar para o América é muito grande. Geralmente quando o jogador está voltando, eles falam que é para encerrar a carreira, mas eu estou voltando para conquistar títulos, para jogar novamente, para ajudar. Estou pensando em jogar até uns 35, 36 anos”.

FuteblogBH – Além do Alessandro e Irênio que estiveram com você no seu início de carreira no América, tem mais algum jogador do grupo atual que você conhece?
Fabrício – Também tem o Otávio que é da minha cidade, tem o Fábio Júnior. Tem bastante gente que eu conheço.

FuteblogBH – O América tem muitos jogadores na sua posição. A torcida também acha que a sua contratação vai ofuscar o Caleb, que está chegando agora para o profissional e fez uma grande Copa São Paulo, no início do ano. Como será essa concorrência?
Fabrício – Eu acho que cada um tem que brigar pelo seu espaço. Vai jogar aquele que estiver melhor. Cada jogador tem uma característica, eu sei da minha qualidade, sei do meu potencial, vou respeitar meus companheiros, mas vou brigar pela titularidade.

Tudo tem seu tempo, tem sua hora, eu sei que ele (Caleb) é importante, um jogador jovem e com certeza ele vai ter a hora certa de jogar. Se estiver bem, vai jogar. Não é porque eu estou sendo contratado que eu vou ter que jogar, o treinador não é bobo. Quem estiver bem vai jogar e cada um tem que brigar pelo seu espaço.

“Tudo tem seu tempo, tem sua hora, eu sei que ele (Caleb) é importante, um jogador jovem e com certeza ele vai ter a hora certa de jogar. Se estiver bem, vai jogar. Não é porque eu estou sendo contratado que eu vou ter que jogar, o treinador não é bobo”.

FuteblogBH – Como é aquela história do apelido de Homem-Aranha, que você ganhou quando estava na Coreia do Sul?
Fabrício – Teve um jogo lá e eu falei “ah, vou fazer algo diferente para o torcedor”. Tinha uma máscara do Homem-Aranha lá em casa, que meu filho levou do Brasil e eu falei “se eu fizer um gol vou colocar a máscara”. E acabou que deu tudo certo, fiz o gol, coloquei a máscara e foi um sucesso, você precisava ver. Foi muito bom aquilo lá.

FuteblogBH – Foi em um jogo apenas?
Fabrício – Foram mais jogos. Tipo, em três jogos eu fiz dois gols, só que o juiz estava me dando cartão amarelo, aí o treinador pediu para eu parar.

FuteblogBH – Vai fazer algo parecido, agora no América?
Fabrício – Ah, para o América, eu vou ter que bolar alguma coisa, uma máscara verde, sei lá. Alguma coisa assim para a galera.

FuteblogBH – Cuidado, você pode tomar cartão. Você viu que o Neymar tomou um na Libertadores?
Fabrício – Eu vi. Mas uma vez não tem problema não.

FuteblogBH – Vai jogar com a camisa número 8?
Fabrício – Gosto do oito, meu número preferido.

FuteblogBH – Para finalizar, manda um recado para a torcida do América.
Fabrício – O que eu posso dizer é que eu estou voltando, estou muito feliz, estou voltando para o lugar onde eu nasci, conquistei muitos títulos e me projetou para o futebol. Se eu tenho algo a dizer é que eu devo muito ao América, não é à toa que estou abrindo mão de muitas coisas que me apareceram. Estou voltando para ser feliz, porque no América fui muito feliz e espero que novamente eu possa ser feliz.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Copa do Brasil terá campeão inédito

Avaí, Ceará, Coritiba
ou Vasco: pela primeira vez,
um deles levantará esta taça
Os primeiros jogos das semifinais terão início só na próxima semana, mas já é possível afirmar:  a Copa do Brasil terá um campeão inédito. O fato se torna incontestável após as eliminações de Flamengo e Palmeiras, nas quartas de final, para Ceará e Coritiba, respectivamente.

Com dois e um títulos, os clubes rubronegro e alviverde, nesta ordem, eram os únicos campeões que chegaram até a quarta fase da 23ª edição da Copa do Brasil. Com a eliminação de ambos, o único sobrevivente entre os quatro restantes irá comemorar, pela primeira vez, o principal título nacional do primeiro semestre.

Entre os semifinalistas, Vasco e Ceará são aqueles que chegaram mais perto de levantar o troféu, mas tiveram que se contentar com a prata, em uma oportunidade cada. O clube carioca perdeu a taça de 2006 exatamente para o arquirrival Flamengo, enquanto o Vovô deixou a chance escapar quando foi derrotado pelo Grêmio, em 1994.

Logo, uma eventual final seria um feito inédito para Coritiba e Avaí. Até o momento, o máximo que a equipe paranaense já conseguiu foram quatro semifinais, em 1991, 2001, 2009, além desta em 2011. Por outro lado, a campanha do Leão da Ilha já é a maior da sua história, uma vez que a equipe catarinense só havia alcançado a disputa das oitavas de final de 2007 e 2010.

Nesta quarta-feira (18), às 21h50, começarão os confrontos de ida das semifinais, com Ceará e Coritiba se enfrentando no estádio Presidente Vargas. No mesmo dia e horário, pela outra chave, o Vasco receberá o Avaí em São Januário. Além do título inédito da Copa do Brasil, também está em jogo uma classificação para a Copa Libertadores 2012.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Galo está a um empate de quebrar mais um tabu

Desde o século passado, clube alvinegro não conquista o bicampeonato

 
Serginho espera mesma postura do primeiro jogo, para o Galo
superar mais um tabu | Créditos: Ramón Bittencourt/Gazeta Press 

Após por fim à “maldição dos mandantes”, no jogo de ida da final do Campeonato Mineiro, o Atlético-MG terá a chance de quebrar mais um tabu, que já dura 11 anos. Desde o século passado, o Galo não consegue a façanha de comemorar o título estadual por dois anos consecutivos. Para isso, o clube precisa apenas empatar o clássico com o Cruzeiro, na segunda partida da decisão, neste domingo, na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas.

A última vez que o Atlético conseguiu levantar a taça de campeão mineiro em dois anos seguidos, foi no biênio 1999 e 2000, exatamente o ano de encerramento do século XX, quando o clube superou o América-MG e o Cruzeiro na final, respectivamente. Desde então, após passar seis anos em jejum, o Galo conquistou dois títulos estaduais, mas em anos alternados.

O primeiro em 2007, após bater o arquirrival Cruzeiro com uma goleada histórica de 4 a 0, no jogo de ida e poder se dar ao luxo de perder, por 2 a 0, na partida de volta. O segundo foi exatamente no ano passado, quando o Atlético superou o Ipatinga nos dois jogos da decisão, com placares de 3 a 2, no Ipatingão e 2 a 0, no Mineirão.

Para conquistar o seu primeiro bicampeonato no século XXI, o Galo precisa de apenas um empate com o Cruzeiro, uma vez que o time alvinegro venceu a partida de ida, por 2 a 1, na Arena do Jacaré. Apesar da vantagem, o volante Serginho pede muita atenção ao grupo, para a equipe não ser surpreendida no segundo jogo.

“Temos a vantagem do empate, mas, quando entrar em campo, a gente tem que esquecer isso, até porque a vantagem não vai significar nada se tomarmos o gol. Então, temos que entrar com a mesma postura do último jogo para que não sejamos surpreendidos e possamos fazer uma boa final”, alertou o camisa 7 atleticano.

sábado, 7 de maio de 2011

Debutantes no clássico profissional

Revelados na base, Giovanni Augusto, do Atlético-MG, e Dudu, do Cruzeiro, são cotados para estrear no clássico mineiro

Giovanni Augusto quer manter, no profissional,
o bom retrospecto que teve nos clássicos da
base - Foto: Bruno Cantini
Não precisa valer título, mas se uma taça estiver em jogo é ainda melhor. Seja por qualquer motivo, o tradicional clássico de Minas Gerais entre Atlético-MG e Cruzeiro mexe com os brios de qualquer jogador. O clima de uma rivalidade sadia começa desde a base e, neste domingo, às 16h, na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, dois garotos, um defendendo o preto e o outro o azul, poderão ter a chance de disputar, pela primeira vez como profissionais, este jogão – e justamente em uma final de Campeonato Mineiro.

O meio-campista atleticano Giovanni Augusto, titular nas duas vitórias do clube sobre o América-MG pelas semifinais, parece ter agradado tanto ao treinador, quanto à torcida e deve debutar no clássico, como profissional, no primeiro jogo da finalíssima. Antes da estreia, o jovem lembra do bom retrospecto que costumava ter diante do arquirrival nas categorias de base.

“Na base, sempre tive bons resultados nos clássicos. O último, se não me engano, foi no Independência, pelo Campeonato Mineiro. Ganhamos por 2 a 1 e eu sofri um pênalti e dei o passe para o outro gol. Espero manter este bom retrospecto no domingo”, contou o jogador de 21 anos.
Armador Dudu se dispôs a jogar em qualquer posição
no clássico - Crédito Washington Alves/VIPCOMM

Do outro lado da lagoa, quem pode fazer a sua estreia é o garoto Dudu. Com apenas 19 anos, o armador é o mais cotado para começar a partida no lugar do atacante Wallyson, que se recupera de uma lesão na panturrilha esquerda e é dúvida para o clássico.

“Ainda não sabemos o time que vai entrar jogando, mas se o Cuca optar por mim, eu estou pronto, e com muita vontade de ajudar o Cruzeiro a ser campeão. Onde o professor me colocar eu vou jogar e fazer o melhor para o nosso time se dar bem”, disse Dudu.

Por ter terminado na primeira colocação na fase inicial, o Cruzeiro tem a vantagem de poder empatar os dois jogos ou vencer um e perder o outro pela mesma diferença de gols para se sagrar campeão.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Mauro Fernades: “Se alguém pensa que já jogamos a toalha está totalmente enganado”

América-MG comemora 99 anos neste sábado e quer presentear a torcida com a classificação para a final

Mauro Fernandes quer comemorar a classificação com a torcida,
no dia do aniversário do Coelho - Foto: América-MG/Divulgação 
Se parte da imprensa e da torcida não acreditam na classificação do América-MG neste sábado, diante do Atlético-MG, pelo jogo de volta das semifinais, do Campeonato Mineiro, na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, o técnico Mauro Fernandes se posiciona ao contrário.

O treinador do Coelho não se desmotiva com o fato do rival ter a vantagem de se classificar mesmo perdendo por até dois gols de diferença e acredita que a sua equipe tem condições de reverter o resultado.

"Se alguém pensa que já jogamos a toalha está totalmente enganado. Nós vamos fazer de tudo. No futebol tudo pode acontecer. A imprensa e às vezes até alguns torcedores do América já jogaram a toalha. Mas aqui dentro, nós, profissionais que trabalhamos, em momento algum deixamos de acreditar na capacidade que temos para reverter essa situação. No futebol não existe o impossível e temos vários exemplos para isso", afirmou Mauro.

Para o clássico deste sábado, Mauro Fernandes tem duas dúvidas: na zaga, Otávio, que foi vítima de um sequestro-relâmpago na última terça-feira, ou Micão, que cumpriu suspensão automática na primeira partida? E no meio-de-campo, quem substituirá o volante Dudu, suspenso por acumular três cartões amarelos, Moisés ou Luiz Ricardo?

Certeza mesmo é que no dia 30 de abril, quando será conhecido o primeiro finalista do Campeonato Mineiro, também se comemora o aniversário do América. Em 2011, o clube irá completar 99 anos e o pensamento de Mauro Fernandes só tem um foco: “dar um grande presente para a torcida com a nossa classificação".

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Com toque paraguaio, Cruzeiro quebra tabu brasileiro na Colômbia

Clube celeste é o primeiro brasileiro a vencer o Once Caldas como visitante na Libertadores

Paraguaio Ortigoza saiu do banco de reservas para se tornar
o nome do jogo em Manizales - Foto: VIPCOMM/Divulgação
O atacante Ortigoza saiu do banco de reservas para ser o nome do jogo desta quarta-feira. Na vitória do Cruzeiro, por 2 a 1, sobre o Once Caldas-COL, pela primeira partida das oitavas de final da Copa Libertadores, em Manizales, na Colômbia, o paraguaio assistiu ao companheiro Wallyson no primeiro gol e anotou o segundo, da primeira derrota do time local, jogando com o mando de campo, para equipes brasileiras na maior competição de futebol de clubes do continente.

Após a partida, Ortigoza comentou sobre a sua contribuição ao time e lembrou que tem mais um duelo entre as equipes na próxima quarta-feira (4), na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas.

“Estou entrando e tentando fazer meu trabalho. O professor está me dando confiança e tento sempre aproveitar as chances de jogar para ajudar o Cruzeiro. Atacante sempre tem que tentar fazer o gol. Graças a Deus eu pude marcar e vai servir muito para o jogo de volta, que será mais um jogo muito difícil. O importante foi o time ganhar”, disse o camisa 23 na competição.

Até essa vitória do Cruzeiro sobre o Once Caldas, o time colombiano tinha 100% de aproveitamento em partidas, com o seu mando de campo, contra clubes brasileiros na Libertadores. A primeira vítima foi o Flamengo, que perdeu por 1 a 0, em 2002, na fase de grupos. Em 2004, quando se sagrou campeão, o time do país vizinho bateu o Santos, também por 1 a 0, nas quartas de final e o São Paulo, então treinado pelo atual comandante celeste Cuca, na semifinal, por 2 a 1. Pelo mesmo placar, o tricolor do Morumbi também levou a pior no ano passado, ainda na fase de grupos.

Palogrande

Esta não é a primeira vez que o Cruzeiro vence o Once Caldas em Manizales. Há 17 anos, em um amistoso que marcou a inauguração do estádio Palogrande, o mesmo do triunfo celeste nesta quarta-feira, o clube mineiro goleou o adversário por 5 a 2, diante de cerca de 40 mil pessoas.

O primeiro gol da história do Palogrande foi marcado “sem querer”, quando Santoya, do Once Caldas, balançou as próprias redes a favor do clube mineiro. Paulo Roberto (2), Cleisson e Macalé completaram para a Raposa. Jogando pela equipe colombiana, o brasileiro Edson Roberto Vieira anotou o primeiro tento do seu time no novo estádio e Muñoz foi o autor do segundo.

Once Caldas: Henao; Moreno, Murillo, Santoya e Torres; Quiñónes, Hernández, Zapata e Restrepo; Zúñiga e Alcibar. (Vieira, Muñoz e Sinisterra entraram no decorrer do amistoso)

Cruzeiro: Dida (Andén), Paulo Roberto, Célio Lúcio, Arley Álvares e Nonato; Douglas, Ademir (Andrade), Toninho Cerezo e Macalé; Cleison e Roberto Gaúcho (Careca).

terça-feira, 26 de abril de 2011

Para comemorar o Dia do Goleiro, Fábio quer continuar imbatível como visitante

Goleiro Fábio e delegação cruzeirense chegaram em Manizales no final
da tarde desta terça-feira (no Brasil) - Foto: Cruzeiro/Divulgação

Desde 1976, o Brasil comemora no dia de hoje, 26 de abril, o Dia do Goleiro. Uma homenagem ao aniversário de Manga, tido pelos críticos como um dos melhores goleiros do futebol nacional. Para comemorar a data, Fábio, titular da meta do Cruzeiro, e também reconhecido pela imprensa e até torcedores de clubes rivais como um dos principais nomes da sua posição atualmente, espera continuar sem ter que buscar a bola no fundo de suas redes, jogando como visitante pela Copa Libertadores este ano.

Nesta quarta-feira (27), a Raposa enfrenta o Once Caldas-COL, em Manizales, pelas oitavas de final da competição e Fábio não foi vazado em nenhum dos três jogos que a equipe já disputou longe de Minas Gerais. Para continuar invicto, o arqueiro revela que tem observado o estilo de jogo do adversário.

“Temos sempre que observar, com certeza estamos estudando o adversário, o Cuca já está separando as principais jogadas do Once Caldas, temos que nos precaver ao longo da competição e nada como ver os tapes da equipe para conhecê-la um pouco melhor”, contou o camisa 1 ao site oficial do clube.

Dos seis jogos já disputados pelo clube celeste no torneio sulamericano, Fábio tomou apenas um gol, mas em partida com mando de campo do time azul. Foi na vitória por 6 a 1 sobre o Tolima, também da Colômbia, na Arena do Jacaré.

Veja os jogos que o Cruzeiro já disputou como visitante na Libertadores 2011:

02/03 – Deportes Tolima 0 x 0 Cruzeiro – Ibagué-COL
30/03 – Guarani-PAR 0 x 2 Cruzeiro – Assunção-PAR
13/04 – Estudiantes LP 0 x 3 Cruzeiro – La Plata-ARG

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Sergio Ramos deixa taça cair e ônibus passa por cima

Se não bastasse a um clube da grandeza do Real Madrid ter que aguentar três anos sem títulos, sendo que há 18 a principal equipe da capital não conquistava a Copa do Rei da Espanha, quase perdeu a taça levantada nesta terça-feira, após bater o rival Barcelona, por 1 a 0, na final.

Durante a comemoração do time, o defensor Sergio Ramos deixou a taça cair, enquanto comemorava o título - e o fim do jejum - com os demais jogadores do clube, de cima do ônibus, que passou por cima.

Perguntado sobre o incidente, o camisa 4 respondeu à rede de televisão Telemadrid: "A taça caiu, mas está bem".

Assista ao vídeo da cena cômica protagonizada por Sergio Ramos:

Cruzeiro já caiu nas oitavas para time colombiano
 
Cuca terá a chance de eliminar seu algoz de 2004 - Crédito: Washington Alves/VIPCOMM

Após sete anos, o Cruzeiro enfrentará um time da Colômbia nas oitavas-de-final da Copa Libertadores, pela segunda vez na história. No entanto, o único confronto, até então, entre o clube celeste e um adversário daquele país, nesta mesma fase, não traz boas lembranças à equipe mineira.

Na Libertadores de 2004, o Cruzeiro caiu exatamente nas oitavas-de-final após perder, nos pênaltis, para um time da Colômbia. Naquele ano, a Raposa perdeu o jogo de ida, por 1 a 0, para o Deportivo Cali, no país vizinho, e venceu o jogo de volta, por 2 a 1, no Mineirão, levando a decisão para os pênaltis. O regulamento daquela época não considerava, como critério de desempate, os gols marcados como visitante e nas penalidades, o time colombiano venceu por 3 a 0.

No mesmo ano, o Once Caldas, que será o adversário do Cruzeiro nas oitavas-de-final da Libertadores 2011, eliminou o técnico Cuca da competição. Em 2004, o atual treinador do clube celeste comandava o São Paulo e caiu na semifinal após empatar, sem gols, no jogo de ida, no Morumbi, e perder, por 2 a 1, no estádio Palogrande, em Manizales-COL.

Naquela campanha, o time colombiano também superou o Santos de Robinho, Diego e Elano nas quartas-de-final e conquistou sua única taça da Libertadores batendo o Boca Juniors na final.

Vantagem celeste

Para tranquilizar os cruzeirenses, a Raposa tem uma ligeira vantagem contra adversários da Colômbia em confrontos válidos pela Copa Libertadores. Foram oito jogos, com quatro vitórias, um empate e três derrotas, aproveitamento de 54,16%. O clube celeste marcou 14 gols e sofreu nove.

Já com informações do site oficial do Cruzeiro, o clube mineiro enfrentou o Once Caldas em uma única oportunidade e venceu com uma chuva de gols. Jogando na cidade de Manizales, onde o adversário celeste costuma mandar suas partidas, a Raposa ganhou um amistoso entres as equipes, por 5 a 2, em 1994.

Confira, abaixo, todos os confrontos do Cruzeiro contra adversários colombianos na Libertadores:

1975 – Primeira fase

Deportivo Cali 1 x 0 Cruzeiro – Cali
Atlético Nacional 1 x 2 Cruzeiro – Medellín
Cruzeiro 2 x 3 Atlético Nacional – Belo Horizonte
Cruzeiro 2 x 1 Deportivo Cali – Belo Horizonte

2004 – Oitavas-de-final

Deportivo Cali 1 x 0 Cruzeiro – Cali
Cruzeiro 2 x 1 Deportivo Cali – Belo Horizonte
(0 x 3 na decisão por pênaltis)

2011 – Primeira fase

Deportes Tolima 0 x 0 Cruzeiro – Ibagué
Cruzeiro 6 x 1 Deportes Tolima – Sete Lagoas

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Após falha, ex-treinador do Tottenham pede a saída de Gomes

No entanto, o goleiro brasileiro conta com o apoio do atual técnico Harry Redknapp


Em vão, Gomes se estica todo para tentar se recuperar da falha no gol de Cristiano Ronaldo - Foto: AP

Segundo a versão on-line do jornal inglês “The Sun”, o ex-treinador do Tottenham, David Pleat, que regularmente assina uma coluna no periódico “The Guardian”, do mesmo país, teria pedido a saída de Gomes, após a falha do goleiro no gol de Cristiano Ronaldo, o único da vitória do Real Madrid – 5 a 0 no placar agregado –, no jogo de volta das quartas-de-final da Liga dos Campeões da Europa, e culminou com a desclassificação dos Spurs.

“O erro dele foi terrível. Nós vemos a rapidez com que os grandes treinadores, como Alex Ferguson (há 25 anos à frente do Manchester United), dispensam seus goleiros quando eles não estão bem. Gomes é um goleiro irregular, que dará muita dor de cabeça a Harry”, teria dito Pleat.

Mas o goleiro brasileiro tem o total apoio do seu treinador Harry Redknapp: “Foi um erro e um gol decepcionante de admitir, mas eu não vou culpar o goleiro, que tem sido ótimo para mim desde que eu assumi o comando do time”, falou.

“Gomes cometeu um erro raro, mas acontece. Ele já fez defesas fantásticas para nós nesta temporada, não posso me queixar”, completou Redknapp.

Fim do sonho londrino

A final da Liga dos Campeões da Europa é sempre disputada em jogo único e este ano será realizada em Londres, no estádio de Wembley, dia 28 de maio. Porém com a desclassificação do Tottenham, na quarta-feira, e do Chelsea, um dia antes, a esperança da capital inglesa de ver um de seus clubes conquistar, pela primeira vez, o principal título do continente, foi por água abaixo mais uma vez.

Para consolar a Terra da Rainha, resta o Manchester United, único time inglês entre os quatro finalistas da competição. Mas para chegar à semifinal, a equipe comandada por Alex Ferguson, teve que eliminar justamente um clube londrino na fase anterior, o Chelsea.