domingo, 26 de dezembro de 2010

O fantástico Liverpool, Kenny Dalglish e histórias não contadas no Brasil

Antes do boom midiático da década de 90, feitos importantes de grandes jogadores não ganharam o destaque merecido. Com isso as histórias de muitos deles seguem afastadas de quem gosta de futebol no Brasil, principalmente aquelas relacionadas à Inglaterra. Os acontecimentos do esporte inglês ainda são incógnitas, já que as contratações e a cultura por lá demoraram a criar uma relação mais próxima com nosso país. Nessa linha, o tetra da Liga dos Campeões (77,78,81 e 84) do brilhante Liverpool, três deles comandados pelo craque Kenny Dalglish, passa longe de ser uma narrativa de sucesso por aqui.

Apesar de ter sido um time distante dos holofotes brasileiros, os Reds marcaram história na Europa e Dalglish é praticamente um mito no clube. O ex-atacante foi um fora de série em todos os sentidos e até hoje é referência para os garotos formados nas divisões de base do Liverpool. O escocês começou a carreira no Celtic e brilhou na equipe da sua cidade natal por oito temporadas. Após um sucesso estrondoso em Glasgow, Dalglish foi para a Inglaterra mudar a história dos Reds. Conseguiu seis Campeonatos Ingleses, uma FA Cup, cinco Charity Shield, três Copas dos Campeões da Europa e quatro Copas da Liga, além de finais de Mundial, vices da Liga local e brilhantes temporadas nas competições continentais.

Apresentou aos europeus um futebol vistoso, elegante, de grande objetividade e com troféus que fazem inveja a muitos ‘ídolos’ por aí. Dalglish carrega ainda uma situação interessante de ter sido jogador/treinador durante algumas temporadas, levando o time, dentro e fora de campo, a conquistas importantes. Na inusitada função, conseguiu sete títulos com o Liverpool, sendo três títulos da Liga, aumentando ainda mais sua notoriedade.

A brilhante campanha como profissional do esporte fez dele integrante do Fifa 100 (125 melhores jogadores do século XX), membro da Ordem do Império Britânico, homenageado no Hall da Fama do futebol inglês e primeiro a ganhar o prêmio de personagens importantes na história do Liverpool. Apesar disso, Dalglish segue praticamente um desconhecido no Brasil.

Após fazer bons trabalhos no comando de Blackburn Rovers e Newcastle United, e uma tentativa frustrada no Celtic, o escocês recebeu a maior homenagem da carreira ao ser chamado de volta ao Liverpool para coordenar as divisões de base e ser embaixador do clube. No programa ’50 maiores jogadores de todos os tempos’, exibido no Brasil pela ESPN em 2009, Dalglish é retratado como lenda e referência absoluta para jogadores, dirigentes e torcedores dos Reds. O craque também brilhou ao criar ao lado de sua esposa o Marina Dalglish Appeal, instituição que promove campanhas arrecadando recursos para o combate ao câncer de mama, mostrando mais uma vez a origem de tanto prestígio na Inglaterra.

Por diversos fatores, craques das décadas de 60, 70 e 80, que tinham capacidade técnica incrível e conquistaram títulos muito importantes, são praticamente desconhecidos, mesmo daqueles que são apaixonados por futebol. O mercado atual do futebol e a exposição dos jogadores fazem naturalmente com que profissionais medianos virem celebridades em outros países. É comum ver garotos sul-americanos, africanos ou asiáticos que sabem a escalação completa de Real Madrid, Barcelona, Milan e Manchester, por exemplo.

sábado, 25 de dezembro de 2010

Mudança nos números

A decisão da CBF de unificar os títulos da Taça Brasil e do Torneio Roberto Gomes Pedrosa aos do Brasileiro causará mudanças profundas nas estatísticas do futebol nacional. Feitos conquistados há décadas agora não existem mais e novos recordes farão parte dos números. Por exemplo: Cruzeiro, Flamengo e Internacional não são mais as únicas equipes que participaram de todas as edições do Brasileiro, considerando que o trio ficou fora de várias competições nacionais antes da década de 1970.
Pelé desbanca Andrade e Zinho e é o maior campeão brasileiro, com seis títulos. É um reconhecimento ao talento do melhor jogador de todos os tempos e maior atleta do século passado. O ex-jogador tricordiano fez 34 gols em Brasileiros (em 1971, 1792, 1973 e 1974) e não havia ganho nenhum título até se transferir para o Cosmos.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Nigel, o filho do mito, tenta caminhar com as próprias pernas

No filme ‘Damned United’ (2009), Nigel Clough aparece apenas como um garotinho que segue o pai pelos trabalhos mais duros nos clubes ingleses. E pouca importância se dá ao menino, filho do lendário Brian Clough, considerado por muitos o maior treinador inglês de todos os tempos. A despeito da pouca visibilidade na narrativa, Nigel ganhou certo destaque no futebol da Inglaterra e é um personagem interessante.

É óbvio que ele não tem o apelo midiático do pai, mas apresentou seu próprio caminho com algum sucesso e histórias interessantes. Jogou em clubes como Manchester City e Liverpool e chegou a defender a seleção inglesa em 14 oportunidades. Porém, é como treinador que a história de pai e filho ganha um papel mais interessante. Nigel começou a carreira como técnico no Burton Albion, clube no qual que seu ídolo esteve durante apenas uma temporada. Na sequência, seguiu para o Derby County, que teve uma posição de grande notoriedade na carreira do mitíco Brian Clough. Foi lá que o polêmico ‘manager’, falecido em 2004, conseguiu aparecer para o cenário nacional, conquistando a Segunda e a Primeira Divisão, sendo contratado na sequência pelo então poderoso Leeds.

Sem tanto alarde, Nigel trabalha na equipe do leste inglês desde 2009 e vem conseguindo resultados modestos. Seu temperamento apresenta algo de controverso, como o Clough mais famoso se caracterizou durantes as décadas de 70 e 80. O treinador Billy Davies, do rival Nottingham Forest, acusou de ter sido agredido com um chute no joelho durante uma partida. Nigel ainda causou certo alarde quando se deu uma chance como jogador, entrando nos minutos finais da partida diante do West Bromwich Albion, na Liga de reservas.

Atualmente, o Derby County é o nono na tabela de classificação Segunda Divisão Inglesa e sonha em voltar aos dias de glória dos tempos de Brian Clough.

Para quem quiser saber mais sobre Brian e Nigel Clough, vale a pena conferir um pouco dos detalhes nos links abaixo. Outra excelente pedida para aprofundar na história é assistir o filme ‘Damned United’ (Maldito Futebol Clube, no título do filme português), disponível em muitas locadoras no Brasil. Uma pena a obra não ter sido lançada no cinema, indo diretamente para o DVD.

Na foto acima, Brian e Nigel, na década de 90.

Nigel Clough - http://en.wikipedia.org/wiki/Nigel_Clough

Brian Clough - http://en.wikipedia.org/wiki/Brian_Clough

Damned United - http://vcviu.com.br/filmes/cinema-europeu/maldito-futebol-clube/

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Um clássico para se pensar além do jogo

O Cruzeiro venceu o Atlético por 3 a 0 na noite de quinta-feira e avançou à semifinal do Campeonato Brasileiro Panasonic Sub-20. Élber, Sebá e Thiaguinho marcaram para a Raposa. O adversário da próxima fase será o Palmeiras, que bateu o Ceará por 2 a 1.

O clássico tinha tudo para ser muito interessante, já que os dois times têm características completamente diferentes. A meninada da Cidade do Galo é mais habilidosa e com mais toques de classe, porém, ainda não entendeu o valor do trabalho em equipe e a vontade necessária que o futebol profissional exige (eles estão à porta do time principal, por isso a palavra ‘profissional´). Os atleticanos têm muito talento, mas pecam pela falta do algo a mais, com incisão e verticalidade para usar a técnica em prol do time. A turma da Toca da Raposa é um pouco inferior tecnicamente em relação ao rival, mas se encontrou como time de forma mais rápida, mesmo sendo formado por jogadores jovens (muitos são da categoria 93/94 e ainda não completaram 18 anos). O grupo se doa mais e joga com força para cima do adversário.

Ainda dá tempo de tudo isso mudar, já que são garotos e estão em processo de aprendizagem, mas essa é a visão que podemos ter dos últimos dois anos das duas equipes.

O Cruzeiro tomou conta das ações no início, porém desperdiçava algumas chances de abrir o marcador. O Galo conseguiu incomodar de verdade apenas uma vez, já no fim da primeira etapa. Nos 45 minutos finais, a vontade cruzeirense prevaleceu e o time fez um 3 a 0 bem confortável, com propriedade.

O Alvinegro contou com seis titulares que já tiveram chances no time profissional e apresenta um grupo muito experiente. Porém, muitos jogadores terão dificuldade de ganhar novas chances na equipe principal devido ao plantel que vem sendo formado pelo técnico Dorival Júnior, que contará com a base de 2010.

A equipe celeste tem boas chances de ficar com o título da competição e revelar bons talentos. Resta saber como será feita a integração entre base a profissional na Raposa. Recentemente, muitos garotos se destacaram nas conquistas do BR Sub-20 e da Copa SP, mas poucos foram utilizados nos profissionais. A Era Adilson lançou poucos talentos da casa e resta saber qual será a postura de Cuca em relação a isso.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Boa gestão e responsabilidade têm espaço em qualquer área

O livro ‘A bola não entra por acaso’, de Ferran Soriano, é um trabalho bem organizado e muito claro sobre gestão. Por mais que o assunto predominantemente abordado seja o futebol, o autor deixa a base nítida de que uma administração exitosa não tem campo restrito e pode ser abrangida para diferentes áreas da nossa sociedade. Infelizmente, muitos dirigentes do futebol brasileiro ainda se baseiam em outras premissas, deixando o esporte arcaico, pouco profissional e muitas vezes na lama por situações embaraçosas. Não se sabe ao certo qual o principal fator disso, mas o retrocesso de muitos envolvidos é visível.

Por meio de sua experiência em empresas de grande porte na Espanha e pela gestão vencedora do Barcelona (dentro e fora de campo), Ferran traz detalhes sobre modelos econômicos importantes, contratação de jogadores e estratégias em recursos humanos. O Barça deixou de acreditar que o futebol se resume às quatro linhas e aplicou um caminho administrativo completamente diferente. Ele explica a captação feita pelo clube para formar um grupo de gestores de primeira linha, que pudesse dar todo o respaldo ao gigante catalão também nos escritórios.

A ideia do Barça foi trazer os melhores gestores do país, em suas determinadas áreas, para conduzir o clube ao sucesso absoluto, com valores voltados para o caráter, orgulho catalão, missão barcelonista e muito trabalho duro. Ferran, Joan Laporta, Esteve Calzada, Josep Cubells e tantos outros que fizeram parte do processo eram os responsáveis por setores bem definidos, todos eles vindos de grandes trabalhos anteriores nas mais diferentes áreas do mercado espanhol. Quem é bom nos modelos de gestão, tem dignidade, amor ao trabalho e noção do espírito barcelonista poderia se dar bem no comando do clube. Essa era a principal noção na escolha dos melhores para conduzir o Barça. E deu certo. O quadro de sócios foi recontado, o marketing cresceu, os homens do recursos humanos aplicaram contratos por produção e o ciclo foi se tornando virtuoso. Com isso, cada um cuidava da sua área e deixava o futebol, a parte técnica, somente para os responsáveis por esse setor, como o ex-jogador Txiki Begiristain. As contratações eram feitas com critério, os acordos tinham como base a produtividade e os técnicos eram escolhidos pela capacidade de manter o padrão e a cultura de jogo do Barça. Os dois títulos da Liga dos Campeões, os Campeonatos Espanhois, as Supercopas, a campanha com a Unicef, os jogadores referências em educação e cordialidade e o estilo ‘futbol art’ evitam maiores explicações sobre o sucesso da jornada.

Alguém pode falar que isso é uma realidade distante, que no Brasil nunca vai pegar e outros argumentos sem fundamento algum, que aparecem simplesmente pelo comodismo de alguns. Muitos dos nossos pesquisadores são desejados por universidades tradicionais de países de primeiro mundo, nossos médicos são referências e nossos gestores conseguem até comprar o Burguer King. Então não apareçam com o argumento de que nossa economia é diferente, que no Brasil não dá. Isso não vale. O que acontece é que o futebol, principalmente no âmbito dos clubes, se vê cercado por pessoas ainda sem capacidade intelectual e cultural para gerir nada. São ‘cartolas’ que acreditam em sorte, azar, malas brancas e pretas, em valores da década de 70 e que se baseiam na máxima de que ‘o futebol é diferente do restante’.

Curta a página do livro no Facebook:

http://www.facebook.com/pages/A-bola-nao-entra-por-acaso/176363279058223

Dados sobre o livro:

Editora: Larousse

Autor: FERRAN SORIANO

Ano: 2010

Edição: 1

Número de páginas: 208

Acabamento: Brochura

Formato: Médio

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Future Champions chega às semifinais









O Future-Champions é uma iniciativa muito interessante para fortalecer Belo Horizonte como uma das sedes da Copa do Mundo de 2014, e para dar a aqueles que gostam de futebol uma oportunidade de ver a garotada mais de perto. Com as duas semifinais já definidas, fica a situação interessante de termos três clubes brasileiros entre os quatro melhores.

Sem dúvida, o jogador destaque da competição é o atacante Léo, do Cruzeiro, um camisa 9 de grande potencial técnico, tático e físico. E que sem dúvida vai se tornar um jogador de primeira linha. Após brilhar no Campeonato Mineiro, o atacante, de 16 anos, mostra mais uma vez que tem atributos de um grande profissional, na melhor acepção da palavra. Léo tem tranquilidade para finalizar, força para brigar no jogo aéreo, disposição tática para marcar a primeira linha de ação do adversário e técnica para fazer criar lances de ataque para a Raposa. Além disso, não mudou o humor por conta de uma tentativa de criar confusão vinda de um garoto do Peñarol. Não é um craque, daqueles que enchem os olhos das pessoas nas arquibancadas, mas está muito à frente de garotos da sua idade, que só pensam em driblar 5, 6 jogadores em lances que não resultam em nada concreto para a equipe.

Vasco e Atlético também chamaram a atenção, e por características bem diferentes. O Alvinegro Mineiro é um time leve, de bom potencial técnico, mas que ainda precisa se envolver mais com o jogo, aprendendo a marcar gols nos momentos mais importantes. Já o Clube da Colina tem uma equipe de muita força física, que pressiona o adversário o tempo inteiro e que pode dominar a partida com tranquilidade.

O quarto semifinalista é o Everton, da Inglaterra, que chamou a atenção pelo padrão de jogo típico do Reino Unido. O 4-4-2 tradicional é visto claramente na equipe inglesa, que não tem nenhum craque no grupo, mas mostra que sabe como criar jogadores disciplinados e de bom potencial para execução dos fundamentos. Todos marcam, passam e finalizam com destreza, demonstrando que a base tem sido bem trabalhada. As duas linhas de quatro (como quase nunca se vê no Brasil) é o pilar da marcação, deixando os dois homens de frente esperando o melhor momento para sair no contra-ataque.

Merecem também o comentário os sul-africanos do Mamelodi Sundowns. Apesar da eliminação na primeira fase, trouxeram ao Brasil um futebol interessante, de muita velocidade e técnica no meio-de-campo. O Barça tentou apresentar um jogo vistoso, de toques curtos, mas teve dificuldade com a pressão dos outros times ainda nas primeiras linhas e sofreu para evitar o chutão. Os catalães também caíram na primeira fase.

O ponto negativo fica para a falta do regulamento no site oficial da competição e de mais detalhes das partidas, como ficha técnica, por exemplo.

Confira mais detalhes do Future Champions:

http://www.future-champions.net

http://futurechampionsunibh.webnode.com.br/

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

(Mais) um título com as iniciais MR


Foto: Fernando Soutello/Agif/AE

A conquista do Brasil em 2010 começou em julho, quando Muricy Ramalho se abdicou de um sonho para fazer valer o que ele tinha assinado em papel.

Já o Corinthians, líder da competição na época, preferiu “trocar” o título pela proximidade à CBF, que pode lhe render a abertura da Copa do Mundo de 2014 no seu estádio, que ainda nem existe.

Ao liberar seu treinador, o clube do Parque São Jorge também ofuscou o brilho de seu principal destaque em campo. Sob novo comando e tendo que exercer outra função, Bruno César, que chegou a liderar a artilharia do campeonato, parou de fazer gol e o time atingiu a incrível marca de sete partidas sem vencer – o que não condiz com o objetivo de um clube que buscava um título para coroar seu centenário.

O Fluminense votou contra a entidade máxima do futebol brasileiro na eleição do Clube dos 13 e não aceitou liberar o técnico para a mesma. Caso aceitasse, quem poderia garantir que Conca, único jogador de linha a atuar nas 38 partidas, seria o líder de assistências do BR10 e o principal candidato ao prêmio de craque do campeonato?

Assim, o Flu entra para a história do Brasileirão com o seu bicampeonato e Muricy Ramalho, o rei dos pontos corridos, com quatro conquistas nas últimas cinco edições, vai a busca do tri, com outro tricolor.

Segundo colocado

Os cruzeirenses, premiados com a prata, preferem lamentar as possíveis entregas de jogos nas últimas rodadas e culpar a arbitragem, para justificar um sucesso que poderia ter sido maior. Mas se esquecem que deixaram de somar três pontos em partidas contra Vitória e Grêmio Prudente, quando tinham o mando de campo. Só para lembrar dos times que foram rebaixados.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Corinthians pode ser o segundo campeão brasileiro com quatro treinadores diferentes – o primeiro dos pontos corridos






Na segunda colocação, após 36 rodadas, e lutando pelo título do Campeonato Brasileiro 2010, o Corinthians de Mano Menezes, Adilson Batista, Fábio Carille e Tite, pode igualar o Flamengo de 1983 e ser o segundo campeão com o maior número de treinadores em uma mesma edição do Brasileirão. Naquele ano, Paulo César Carpegiani, Carlinhos, Cléber Camerino e Carlos Alberto Torres comandaram o elenco rubronegro em pelo menos uma partida da campanha do tri.

Desde 2003, quando o Brasileirão passou a ser disputado no sistema de pontos corridos, três times foram campeões trocando de treinador ao longo da competição: Santos (2004), Corinthians (2005) e Flamengo (2009). Apenas Cruzeiro (2003) e São Paulo (2006/2007/2008) começaram e terminaram o campeonato de pontos corridos sob o comando do mesmo treinador. Fluminense 2010 pode ser o terceiro.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Dorival segue com 100% em Minas e invencibilidade do Cruzeiro em Uberlândia cai depois de nove anos



A vitória do Atlético por 4 a 3 sobre o Cruzeiro, além de valer a saída do alvinegro da zona de rebaixamento, depois de 21 rodadas seguidas, e tirar o clube celeste do posto de líder do campeonato, mantém, o hoje treinador atleticano, Dorival Júnior com 100% de aproveitamento em clássicos mineiros. Em todos eles o time de Dorival venceu balançando quatro vezes as redes do adversário.

Há três anos, Júnior treinava o rival e, nos dois jogos pelo Brasileirão de 2007, conquistou duas vitórias sobre o Atlético-MG: 4 a 2 no primeiro turno e 4 a 3 no segundo.

Já para o Cruzeiro, a derrota de ontem - a segunda consecutiva era inédita para o clube neste campeonato - não apenas custou a perda da liderança, como viu um tabu de mais de nove anos ser quebrado. Desde o dia 1º de abril de 2001, a Raposa não perdia no estádio Parque do Sabiá, quando o time, na época comandado por Luiz Felipe Scolari, foi derrotado pelo Uberlândia, por 1 a 0, em partida válida pelo Campeonato Mineiro.

Quem também perdeu uma longa invencibilidade foi o volante Marquinhos Paraná, que desde que chegou em Minas Gerais, no início de 2008, havia enfrentado o Atlético em 12 jogos e nunca tinha sido derrotado. Até então, eram dez vitórias e dois empates.

Mas apesar de tantos fatos negativos, pelo menos um jogador celeste tem algo para comemorar. Com os dois gols que marcou no clássico, Thiago Ribeiro quebrou, de cara, dois jejuns. O atacante que nas oito primeiras partidas contra o Atlético nunca tinha balançado as redes do arquirrival, também estava há cinco jogos sem fazer gol.

sábado, 23 de outubro de 2010

Curiosidades dos clássicos do fim de semana

A 31ª rodada do Campeonato Brasileiro 2010 terá um ingrediente especial para cruzeirenses e atleticanos; corintianos e palmeirenses; vascaínos e flamenguistas; gremistas e colorados. Porque, além de ser a última vez em que os respectivos arquirrivais se enfrentarão nesta década, cada clássico está recheado de curiosidades.






Em Minas, por exemplo, pela primeira vez na história, a região do triângulo receberá um Cruzeiro e Atlético, que será em Uberlândia, no estádio Parque do Sabiá. Os ingressos do derby foram vendidos apenas para a torcida cruzeirense, mas se o placar terminar em preto e branco, dependendo dos outros resultados, os atleticanos poderão comemorar a saída da zona de rebaixamento, após 21 rodadas consecutivas, e ainda tirar o rival da liderança. Além de provar que o Galo é forte e vingador, já que o jogo de ida, em Sete Lagoas, com presença exclusiva da massa alvinegra, fora vencido pelo clube celeste.

Esta também será a primeira vez que o técnico Dorival Júnior enfrentará o Cruzeiro – time que ele classificou para a Libertadores há três anos – sob o comando do Atlético-MG. Pela Raposa, Júnior venceu os dois clássicos que disputou.






Quando chegou ao Corinthians para substituir Mano Menezes, que assumiu o comando da Seleção Brasileira, Adílson Batista estreou em um clássico contra o Palmeiras. O mesmo acontece com Tite agora, na sua segunda passagem pelo Parque São Jorge. A diferença é que, quando Adílson chegou, o clube era o líder do Brasileirão e, hoje, Tite – que também já treinou o rival alviverde, em 2006 – encontra um time que não vence há sete partidas: quatro derrotas e três empates, e caiu para a terceira posição.

Outra coincidência é que, na primeira vez em que esteve à frente do Corinthians, Tite também estreou em um clássico, mas contra o São Paulo: 1 a 1, no dia 30 de maio de 2004, no Morumbi, pelo Campeonato Brasileiro.






No Rio, o estádio do Engenhão será o 26º a receber um Vasco e Flamengo, que desde 1923, além do Maracanã, palco principal, também já foi disputado em São Januário, Gávea, Laranjeiras, Conselheiro Galvão (Madureira), Moça Bonita (Bangu) e Rua Bariri (Olaria), todos na capital fluminense, entre outros pelo estado e Brasil afora.

O clássico também terá um duelo à parte, entre Vanderlei Luxemburgo e Paulo César Gusmão, treinador e auxiliar, respectivamente, nas vitoriosas campanhas de Corinthians (1998) e Cruzeiro (2003).






Para finalizar as curiosidades dos clássicos deste domingo, o Grenal vem com tudo! Os arquirrivais gaúchos ainda sonham com o título e o Grêmio vislumbra, ao menos, uma classificação para a Libertadores 2011, já garantida pelo Inter, por ser o atual campeão do principal torneio sulamericano.

Enquanto Celso Roth, atual técnico Colorado, que entre idas e vindas, já treinou os dois maiores clubes do Rio Grande do Sul por diversas vezes, se prepara para o seu 21º Grenal, Renato Portaluppi, mais conhecido como Renato Gaúcho, heroi do Grêmio nas conquistas da Libertadores e Mundial em 1983 como jogador, pela primeira vez comandará o Tricolor no clássico.

Mas a experiência de Celso Roth em Grenais, não deve intimidar Renato. Isso porque dos 20 clássicos já disputados por Roth, ele venceu apenas seis, empatou sete e também perdeu sete. Além disso, nos seus últimos oito Grenais, Celso não venceu nenhum: foram quatro empates e quatro derrotas.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Dos três primeiros, vice-líder Flu é o único que depende do tropeço dos adversários para ser campeão

Novo líder do campeonato com 54 pontos, dois a mais que o segundo colocado, o Cruzeiro precisa apenas de suas próprias forças para levantar a taça ao final do Brasileiro.

Mesmo a cinco pontos do líder e na terceira posição, o Corinthians também só depende de si para ser campeão. Porque, além de ter um jogo a menos que a maioria das outras equipes – a partida contra o Vasco, pela 18ª rodada, que seria no dia do aniversário do centenário do clube paulista, foi adiada para esta quarta-feira –, o Timão ainda tem um confronto direto com o Cruzeiro pela briga do título.
Mais elenco e um pouquinho de sorte: é a receita do Cruzeiro para assumir a liderança






Nas 15 últimas rodadas – as mais complicadas do Brasileirão 2010, segundo os próprios técnicos e jogadores que o disputam – em que o campeonato passou a ter obrigatoriamente dois jogos por semana, para compensar a paralisação durante a Copa do Mundo, o Cruzeiro foi o time que mais venceu: 10 partidas. Os mais próximos foram Atlético-PR, Grêmio, Internacional e Santos, com oito vitórias cada.

Nesse mesmo período, o Fluminense venceu apenas cinco vezes e o Corinthians – em 14 partidas, porque o jogo contra o Vasco, pela 18ª rodada, foi adiado por conta do aniversário do centenário do clube paulista – ganhou seis.

Os jogadores chegaram ao limite e a sobrecarga de jogos nessa fase motivou a lesão de muitos atletas. A necessidade de ter um bom elenco, aliado a sorte, foram determinantes para o Cruzeiro atingir a incrível marca de 73,3% de aproveitamento, contra pífios 50% do Corinthians e 44,4% do Fluminense.

Como qualquer outra equipe, o Cruzeiro perdeu jogadores com contusões musculares por não suportarem a carga exaustiva de jogos. Ao contrário das outras equipes, o Cruzeiro teve elenco para repor suas perdas. Tanto que a torcida não sentiu a falta de Gilberto e Leonardo Silva, ausentes antes mesmo deste período mais complicado.

Um dos destaques do time, Montillo foi desfalque em duas partidas, desde que estreou com a camisa celeste, mesmo assim o Cruzeiro saiu vitorioso em ambas: 1 a 0 sobre o Internacional e 2 a 1 contra o Avaí.

Também vale ressaltar o fator sorte. Enquanto no Fluminense, por exemplo, Washington não marca há sete jogos e Fred tenta voltar para ajudar, mas sente nova lesão, na mesma panturrilha esquerda que o deixara de fora de 17 partidas, no Cruzeiro, se Wellington Paulista se machuca, entra Robert, mas se este se contunde, entra Farías, que se lesiona, volta Robert, que se não faz gol, Wellington Paulista retorna para marcar o gol da liderança.

Sorte também por Fábio não ter sido convocado por Mano Menezes e Thiago Ribeiro não ter se contundido nesse período – além da competência do departamento jurídico do clube, que conseguiu minimizar a pena do atacante, expulso contra o Vitória, para apenas uma partida –, porque são os únicos jogadores que Cuca não tem um substituto à altura.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Fla contrata treinador que mais frequentou a zona de rebaixamento deste Brasileirão

Luxemburgo é o treinador mais frequente na zona de rebaixamento após 27 rodadas


Nas 24 rodadas em que esteve à frente do comando técnico do Atlético-MG no Brasileirão 2010, Vanderlei Luxemburgo amargou a zona de rebaixamento em 16 delas, sendo 15 consecutivas.

De volta ao Flamengo, 15 anos após a sua última passagem, Luxa desembarca na Gávea com a missão de contornar a crise que agrava o atual campeão brasileiro, há 10 rodadas seguidas beirando a zona de rebaixamento.

Veja a lista com os nomes de todos os técnicos que já estiveram presentes na ZR do BR10:

1º - Luxemburgo (Atlético-MG): 16 rodadas

2º - René Simões (Atlético-GO): 15 rodadas

3º - Toninho Cecílio (Grêmio Prudente): 10 rodadas
Jorginho (Goiás): 10 rodadas

5º - Leão (Goiás): 8 rodadas

6º - Silas (Grêmio): 6 rodadas

7º - Geninho (Atlético-GO): 5 rodadas

8º - Roberto Fernandes (Atlético-GO): 4 rodadas
Marcelo Rospide (Grêmio Prudente): 4 rodadas

10º - Márcio Barros (Grêmio Prudente): 3 rodadas
Antônio Carlos Zago (Grêmio Prudente): 3 rodadas
Renato Gaúcho (Grêmio): 3 rodadas
Celso Roth (Vasco): 3 rodadas
Paulo César Gusmão (Vasco): 3 rodadas
Dorival Júnior (Atlético-MG): 3 rodadas

16º - Paulo César Carpegiani (Atlético-PR): 2 rodadas
Ricardo Silva (Vitória): 2 rodadas

18º - Muricy Ramalho (Fluminense): 1 rodada
Jorge Fossati (Internacional): 1 rodada
Leandro Niehues (Atlético-PR): 1 rodada
Reinaldo Gueldini (Atlético-GO): 1 rodada
Wladimir Araújo (Goiás): 1 rodada
Fábio Giuntini (Grêmio Prudente): 1 rodada

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Cruzeiro reage e é 3º melhor mandante




 

Ao término da 15ª rodada, o FUTEBLOGBH informou o mau desempenho do Cruzeiro como mandante. Naquela ocasião, o time celeste havia empatado quatro jogos, perdido um e vencido apenas dois, tendo o terceiro pior desempenho dentro de casa.

Passado pouco mais de um mês, ou 11 rodadas, o clube mineiro continua com a terceira campanha entre os mandantes. A diferença é que, agora, o Cruzeiro aparece entre os melhores, por ter vencido todos os seis jogos que disputou com o mando de campo, de lá para cá. Além disso, o time de Cuca tem a melhor defesa nesse quesito, ao lado do Ceará, com apenas sete gols sofridos.

Com os 28 pontos que já conquistou dentro de casa, mesma marca do Atlético-PR, a Raposa, se vencer o próprio Furacão, sábado, na Arena do Jacaré, ultrapassará o Fluminense – que joga longe de seus domínios, contra o Grêmio Prudente – em um ponto. Mas ainda continuará com um aproveitamento inferior: 73,8% do time azul e 76,9% do tricolor, que ficará com um jogo a menos.

Somando 34 pontos, o Corinthians é o atual líder entre os mandantes e, se vencer o Ceará, neste sábado, no Pacaembu, chegará a 88% de aproveitamento.

Único invicto diante de sua torcida, o Botafogo aparece apenas na 9ª colocação, mas tem chance de melhorar já neste sábado, quando terá o mando de campo no clássico com o Flamengo, no Engenhão.

Ataque

Atualmente, o ataque do Cruzeiro em casa é três vezes melhor do que aquele de 11 rodadas atrás, quando o time havia balançado as redes adversárias apenas seis vezes e tinha, ao lado do Goiás, o pior ataque entre os mandantes. Hoje são 18 gols feitos, mesmo número do São Paulo. Mas ainda não aparece em uma posição de destaque: 12º.

O melhor ataque mandante pertence ao Corinthians, com 28 gols marcados. O pior é o do Ceará, que fez apenas 12 gols diante de sua torcida.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Conmebol "tira" o doce do Botafogo

Normalmente era G4. Este ano, o grupo de times brasileiros classificados para a Libertadores, pelo principal campeonato nacional, chegou a se chamar G6, devido a presença de Santos – campeão da Copa do Brasil – e Internacional – campeão da Libertadores –, com vagas já garantidas, terem ficado no topo da tabela. Agora, já é G3.

A mudança foi explicada pela Conmebol. Uma vez que o campeão da Copa Sul-Americana também fará jus a disputar a principal competição do continente no ano seguinte, o título da Libertadores não concederá mais uma vaga extra ao respectivo país da equipe campeã.

Com isso, o Botafogo, atual 4º colocado no Brasileirão seria, hoje, o “prejudicado” e ficaria fora da sua quarta Libertadores, 15 anos depois de disputar o maior torneio de futebol sulamericano pela última vez.

A CBF diz que vai tentar, junto a Conmebol, manter as quatro vagas do Campeonato Brasileiro para a Libertadores. Mas caso a entidade máxima do futebol na América do Sul mantenha a sua posição, essa não seria a primeira vez que o clube da estrela solitária teria seu doce “tomado”.

Campeão da Taça Brasil de 1968, o alvinegro carioca não disputou a Libertadores de 1969, porque o Brasil, assim como a Argentina, não inscreveram seus representantes naquela edição, por não concordarem com alguns pontos das normas da competição. Por problemas no calendário, a Taça Brasil de 1968 só terminou em 1969, após o início da Libertadores e a CBD – precursora da atual CBF – decidiu por indicar os clubes do Torneio Roberto Gomes Pedrosa, o “Robertão”, porém eles desistiram de participar.

Em tempo, o Estudiantes-ARG, campeão da Libertadores de 1969, entrou já na fase semifinal, por ter vencido a competição no ano anterior.

Confira, no quadro abaixo, um breve histórico do Botafogo na Libertadores:

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Kalil fala em azar e Tardelli culpa a defesa







Em entrevista ao jornalista Paulo Vinícius Coelho, na manhã desta segunda-feira, o presidente do Atlético-MG, Alexandre Kalil, deu a entender que considera que a situação atual do clube – há 14 rodadas seguidas na zona de rebaixamento – está condicionada ao azar:

_ Mas, temos também de admitir uma outra coisa: tem o fator azar! Quem viu o jogo contra o Vitória sabe disso. O Vitória deu cinco chutes a gol. O Atlético chutou 25! – disse Kalil ao blog do comentarista da ESPN Brasil.

Ainda no domingo, após perder para o Vitória, que atuou com um jogador a menos desde o final da primeira etapa, o atacante Diego Tardelli se mostrou insatisfeito com a defesa do time:

_ Complicado. A gente se mata lá na frente, os caras batem lá na frente e, na hora que é para a gente dar uma chegada mais forte, a gente tira o pé e acaba tomando o gol – reclamou o camisa 9.

Como você pode constatar, aqui mesmo no FUTEBLOGBH, no post de sete dias atrás – Obina melhor que Tardelli?! – os números não dão credibilidade para a reclamação do atacante.

Para sair dessa incômoda situação, tudo o que o Atlético não precisa é de ficar caçando culpados pela má fase, o que pode gerar disputas internas e aumentar a crise.

A hora é de trabalho. Todos no clube têm que trabalhar, se quiserem ter a sorte de disputar a Série A no ano que vem.
Mesmo sem Ronaldo, Corinthians tem o melhor ataque do Brasileirão


 



Ronaldo participou de apenas três jogos, dos 22 disputados pelo Corinthians no Brasileiro e marcou dois gols – os dois de pênalti, convertidos contra o Atlético-PR, um na estreia do campeonato e o outro na primeira partida do returno.

Mas como explicar que um time, mesmo sem seu principal atacante – aquele que deveria ser também o principal jogador do clube –, tenha o melhor ataque da competição, com 40 gols, ao lado do Fluminense?

A resposta está no meio-campo alvinegro. O camisa 10, Bruno César, até a 22ª rodada era um dos artilheiros do Brasileirão com nove gols. Os volantes Elias, Jucilei, Ralf e Paulinho têm, juntos, dez gols marcados.

Quer dizer que os jogadores de meio-campo do Corinthians já balançaram as redes adversárias 19 vezes, contra 16 dos atacantes. Além de saber marcar, os volantes, principalmente Elias e Jucilei, ajudam na parte ofensiva, aparecendo como elementos surpresa para finalizar.

Mesmo sem contar com Ronaldo, o Corinthians é o único time presente no G4 durante todas as 23 rodadas já disputadas – oscilando entre a primeira e segunda posições – e volta à liderança do campeonato, com dois pontos de vantagem para o segundo colocado, Fluminense, mas com um jogo a menos que a maioria das outras equipes, o que lhe dá a chance de abrir cinco pontos para o vice-líder, quando igualar o número de jogos.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Cruzeiro vence a quinta partida seguida e iguala recorde

Ao vencer o Guarani por 4 a 2, na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, o Cruzeiro igualou o Botafogo com uma sequência de cinco vitórias, a maior deste Brasileirão.

Cinco vitórias seguidas também foi o máximo que o clube mineiro conseguiu no Brasileiro do ano passado. Em 2009, o recordista foi o São Paulo, com uma sequência de sete triunfos.

Na próxima rodada, o time de Cuca terá a chance de alcançar o recorde absoluto de maior série de vitórias consecutivas, deste campeonato, caso vença o próprio Botafogo, na casa do adversário. Mas mesmo que a Raposa perca o embate, o clube da estrela solitária não ficará com esse recorde isolado, uma vez que a sua sequência de 100% de aproveitamento durou entre a 12ª e 16ª rodadas.

Confira, no quadro abaixo, os cinco triunfos consecutivos de Cruzeiro e Botafogo:


Além de valer o recorde absoluto de vitórias neste campeonato, um possível triunfo do Cruzeiro no Engenhão, fará o time celeste igualar uma outra marca: maior sequência de vitórias como visitante.

O clube mineiro venceu as duas últimas partidas que disputou fora de casa: 3 a 2 contra o Palmeiras e 2 a 1 sobre o Avaí. O atual recordista é o Fluminense, com três vitórias seguidas jogando como visitante. Entre a 5ª e a 9ª rodada, o tricolor venceu Atlético-MG (3 a 1), Avaí (3 a 0) e Santos (1 a 0), fora do Rio de Janeiro.

Líder do returno

Mesmo antes do término da 22ª rodada, o Cruzeiro já é o melhor time do segundo turno. Com as derrotas de Botafogo e Grêmio, o clube mineiro é o único com 100% de aproveitamento nos três primeiros jogos do returno.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Obina melhor que Tardelli?!

Obina, o "iluminado"

A comparação entre os atacantes do Atlético-MG surge depois que o “iluminado” Obina marcou o gol da vitória do Galo por 1 a 0, sobre o Grêmio Prudente, na rodada passada do Brasileirão, alcançando a marca de cinco gols nos três últimos jogos que disputou.

Em toda a temporada 2010, Obina tem uma média de 0,9 gols por partida e média de 0,75 gols em jogos só do Campeonato Brasileiro. Já Diego Tardelli, tem média de 0,54 gols na temporada e 0,375 no Brasileiro.

O aproveitamento de pontos do baiano também é melhor. Dos jogos oficiais que Obina participou, o Galo conquistou 60% dos pontos que disputou ao longo do ano e 50% no Brasileirão. Enquanto que, com Tardelli em campo, o clube mineiro obteve um aproveitamento de 49,5% dos pontos na temporada e 29,16% no campeonato nacional.

A vantagem de Obina pode ser explicada pelo fato do camisa 27 atuar mais dentro da área e perto do gol adversário, como jogava o próprio Tardelli no ano passado, quando se tornou artilheiro da temporada 2009 com 39 gols e do Brasileirão daquele ano, ao lado de Adriano do Flamengo, com 19 tentos, sob o comando de Celso Roth. Com Luxemburgo, o camisa 9 costuma se movimentar mais durante as partidas.

Está certo que desses cinco gols de Obina, nas três últimas partidas, quatro foram de pênalti. Mas desses quatro, três penalidades foram sofridas pelo próprio Obina.

No melhor momento do Galo no campeonato – já que o time jamais havia permanecido dois jogos seguidos sem perder – Obina é protagonista e o clube alvinegro tem (mais uma vez) a chance de sair da zona de rebaixamento, após 12 rodadas consecutivas, 13 no total.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Aproveitamento do Fla só não é pior que o do Corinthians, entre os campeões nos pontos corridos

O Flamengo inicia a segunda metade do Brasileirão com uma marca negativa. Tem o segundo pior aproveitamento entre os campeões nos pontos corridos, no ano seguinte ao título, após a primeira rodada do returno.

O rubro-negro só ganha do Corinthians de 2006, que acabara de se sagrar tetracampeão no ano anterior. Os detentores das maiores torcidas do país disputaram 20 jogos cada e o time carioca leva vantagem por dois pontos.

Confira os números no quadro abaixo:


Vale lembrar que em 2004 o campeonato continha 24 equipes, logo, ao término da primeira rodada do returno os clubes tinham disputado 24 partidas. Em 2005, com 22 participantes, foram 22 jogos até o final da primeira rodada do segundo turno. Só a partir de 2006 é que o campeonato passou a contar com a sua forma atual, de 20 clubes.

Como ainda acontece neste ano, você deve recordar que o Brasileirão é famoso pelos “asteriscos”, para explicar os inúmeros jogos adiados da rodada – por isso, o turno de 2010 ainda nem terminou e não se conhece o campeão simbólico. Pois em 2007, o São Paulo teve um jogo remarcado, válido pela 10ª rodada, que só foi disputado entre as 29ª e 30ª rodadas, mas que entrou nessa contagem. Apesar do tricolor ter perdido para o Flamengo, 1 a 0.

domingo, 5 de setembro de 2010

Cuca, o técnico da virada

Foto: Juliana Flister/VIPCOMM
Quando o árbitro apita o final do primeiro tempo de uma partida de futebol e uma das equipes vai para o vestiário com uma vantagem de, no mínimo, dois gols, muitas pessoas podem considerar que o jogo já está decidido. O técnico Cuca, não.

Ele sabe que o 2 a 0 é um placar perigoso e tenta levar isso a seu favor. O time que está com a vantagem pode se acomodar e quando vê, o adversário já empatou ou até virou a partida.

Foi quase o que aconteceu hoje no Pacaembu. Quase porque o Palmeiras foi para o intervalo vencendo por 2 a 0 e tomou a virada do Cruzeiro na segunda etapa. Porém, o Palestra de Minas virou, não porque o paulista se acomodou, mas pelas mudanças feitas por Cuca no intervalo.

O treinador celeste promoveu a estreia do atacante argentino Ernesto Farías, que entrou no lugar do apagado Wellington Paulista. Outra alteração foi a troca do zagueiro Gil pelo meia Roger. Esta substituição também mudou a formação do Cruzeiro, que deixava o 3-5-2 para jogar no 4-2-2-2.

Em desvantagem no marcador e jogando contra apenas um atacante de fato – o Palmeiras tinha cinco volantes no meio-de-campo e muito pouca, ou nenhuma criatividade, tanto que os seus gols se originaram de bola parada –, o Cruzeiro não tinha necessidade de continuar com três zagueiros. A substituição natural seria a saída de Leo, que fazia sua estreia no time titular, mas pendurado no jogo com um cartão amarelo, a opção de tirar  Gil era mesmo a mais aconselhada.

A presença de Roger ao lado de Montillo, para criar as jogadas de ataque, ajudou na construção de espaços para o time cruzeirense. Mas se Felipão abrisse mão do seu ferrolho de volantes, a preocupação de Cuca em sair do Pacaembu com uma goleada nas costas poderia ser uma realidade.

No Brasileiro do ano passado, Cuca, então técnico do Fluminense, também conseguiu uma virada surpreendente na casa do adversário, depois de ir para o vestiário perdendo por 2 a 0. E, por ironia, a vítima naquela vez foi o próprio Cruzeiro, que saiu do Mineirão derrotado por 3 a 2, na 33ª rodada. Em um dos jogos que mais marcaram a reação tricolor para escapar do rebaixamento.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Corinthians comemora 100 anos e ganha um estádio de presente de seu torcedor mais ilustre

Parabéns a um dos maiores clubes de futebol do Brasil, que comemora na data de hoje o seu centenário.

E como presente, o clube anunciou nos últimos dias que, finalmente, deve construir seu estádio.

O estádio, já nomeado popularmente de “Fielzão”, deve ser erguido pela Odebrecht, com financiamento do BNDES e isenção fiscal, segundo o blog do jornalista Guilherme Barros.

Ainda com informações de Barros, “o presidente Lula, que também é corintiano, foi o principal articulador do projeto do estádio do time”. Comprovando o que disse Ronaldo, no programa “Bem, amigos” do canal de TV por assinatura Sportv, em julho do ano passado:

_ O presidente Lula é quem mais está ajudando o Corinthians nessa fase. Ele está dando alguns contatos de empreiteiras que podem nos ajudar. O presidente está muito interessado no projeto do Corinthians. Ele é fanático, um corintiano roxo – afirmou o Fenômeno.

A Odebrecht é responsável por várias grandes obras do governo e, tendo em vista que este é um ano eleitoral e uma Copa do Mundo está próxima de ser realizada no país, parece que não haveria momento mais propício e presente melhor para o presidente da República brindar o centenário do seu clube do coração.

Projeto do Fielzão. O estádio do Corinthians foi articulado pelo presidente Lula
Em tempo, o novo estádio do Corinthians já é tratado como o possível palco da abertura do Mundial de 2014 no Brasil, uma vez que o Morumbi foi vetado pela Fifa por exigências técnicas. Veto que foi comemorado pela CBF devido a disputas políticas.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Existe ética no futebol?

Na noite da última quarta-feira, antes do jogo vencido pelo Cruzeiro por 1 a 0 sobre o Corinthians, o presidente do clube mineiro, Zezé Perrella, atacou a diretoria do São Paulo, que, por meio de seu presidente, Juvenal Juvêncio, teria procurado Cuca, atual treinador celeste, para assumir a mesma função no tricolor.

Em entrevista à Rádio Globo de São Paulo, Perrella disse que “faltou ética” aos diretores são-paulinos.

Há alguns meses, após a saída de Adílson Batista, ex-treinador do Cruzeiro, o técnico do Botafogo, Joel Santana, veio a público comunicar que negou uma proposta do clube mineiro para contratá-lo. Poucos dias depois, foi a vez do treinador do Coritiba, Ney Franco, dizer não ao time azul.

Espera-se que a diretoria cruzeirense tenha tratado essas duas consultas, a Joel Santana e Ney Franco, com o mínimo de ética que o presidente celeste cobrou da cúpula tricolor.
Bola fora

Quando Neymar cobrou um pênalti no estilo “cavadinha” – quando o batedor tenta enganar o adversário, chutando alto e no meio do gol, esperando que o goleiro pule para um dos cantos – no primeiro jogo da final da Copa do Brasil, contra o Vitória, na Vila Belmiro, e perdeu – o goleiro Lee defendeu – a chuva de críticas para cima do atacante foi enorme. Disseram que o camisa 11 deveria levar mais a sério as penalidades.

Na vitória do Cruzeiro por 1 a 0 sobre o Corinthians, na última quarta-feira, Bruno César, meio-campo alvinegro e artilheiro do Brasileirão, também cobrou uma penalidade no meio do gol e viu a bola ser defendida pelo arqueiro Fábio – quarta defesa de pênalti do goleiro em cinco cobranças este ano. Porém, o camisa 10 corintiano cobrou rasteiro e não foi criticado.

A diferença é que, quando Neymar perdeu, sua equipe, o Santos, venceu por 2 a 0 e, na semana seguinte conquistou o título inédito da Copa do Brasil, mesmo perdendo o segundo jogo da final por 2 a 1. Bruno César não converteu a penalidade em gol e o Corinthians perdeu o jogo. Pior, o Timão, segundo colocado no Brasileiro, viu o líder Fluminense, que venceu o Goiás, na casa do adversário, nesta mesma rodada, abrir uma diferença de cinco pontos.

Confira os dois lances abaixo:



terça-feira, 24 de agosto de 2010

Dupla de ataque tricolor passa em branco e defesa sofre dois gols pela primeira vez

Na última semana, o FUTEBLOGBH destacou a dupla de ataque do Fluminense, formada por Emerson e Washington, que até a rodada passada, tinham uma média de um gol por jogo.

Tinham, porque ambos passaram em branco no clássico com o Vasco, que terminou empatado em 2 x 2. O zagueiro Gum e o lateral esquerdo Julio Cesar foram os autores dos gols do Flu. Éder Luis e Fagner marcaram para o time da colina.

Único técnico invicto neste Brasileiro, PC Gusmão – começou no Ceará e durante a Copa do Mundo foi para o Vasco – é também o único treinador responsável, até o momento, por fazer o time de Muricy Ramalho ser vazado mais de uma vez em uma mesma partida.
Atléticos: os visitantes que todo anfitrião gostaria de receber

Se você gosta de receber visitas, com certeza vai adorar abrir as portas de sua casa para os Atléticos. Com apenas um, dois e três pontos conquistados, os xarás de Minas, Goiás e Paraná, respectivamente, são os melhores visitantes que um anfitrião poderia receber.

Dos três, apenas o da região Sul já obteve uma vitória fora de casa. Foi contra o Goiás, pela 11ª rodada. O máximo que o goianiense conseguiu foram dois empates, diante do Ceará e Internacional. Enquanto o mineiro tem que se contentar apenas com um, contra o Avaí.

Para agravar a má fama dos xarás fora de casa, o de Minas e o de Goiás têm o segundo pior ataque, ao lado de Flamengo e Palmeiras, com apenas quatro gols feitos, à frente apenas do Vitória, com três. E o Atlético-PR é o visitante mais vazado, com 18 gols sofridos. Em terceiro lugar aparece o mineiro, que tomou 16 gols longe de seu domínio.

Na 16ª rodada, os Atléticos terão a chance de melhorar o desempenho fora de casa, uma vez que todos jogarão como visitante. O paranaense enfrenta o Grêmio Prudente, o alvinegro pega o Flamengo e o do Centro-Oeste encara o Palmeiras.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Minas Gerais não faz bem ao Cruzeiro

Foto: Eugênio Moraes / Viagens dão mais sorte ao Cruzeiro
O Cruzeiro ainda não encontrou a sua casa. Aquele lugar onde o clube possa fazer valer a força de sua torcida e cozinhar os adversários. Com o terceiro pior aproveitamento como mandante, em sete rodadas o time celeste já jogou em Belo Horizonte, Sete Lagoas e Ipatinga, e conquistou apenas duas vitórias, além de ter o pior ataque.

A invencibilidade do Cruzeiro, dentro de casa, só caiu na última rodada, após a sétima partida da equipe como mandante, quando perdeu por 1 a 0 para o Vitória. Mesmo assim, o clube mineiro é o terceiro pior mandante, com apenas 47,6% de aproveitamento, que corresponde a duas vitórias, quatro empates e uma derrota.

O Cruzeiro também não sabe aproveitar o fator casa para balançar as redes adversárias, tendo o pior ataque como mandante. Ao lado do Goiás, o time de Cuca marcou apenas seis gols diante de sua torcida.

Antes do Mineirão ser fechado para as obras da Copa do Mundo de 2014, o Cruzeiro disputou três jogos no estádio, mas só venceu um, contra o Botafogo, pelo placar mínimo, 1 a 0, e empatou com o Avaí, 2 a 2, e sem gols com o Santos.

Nas três partidas seguintes, quando mandou seus jogos na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, o desempenho foi exatamente o mesmo. A equipe mineira venceu apenas uma vez, 1 a 0 contra o Goiás e empatou por 2 a 2 com o Grêmio e 0 a 0 com o Grêmio Prudente. No Ipatingão, a primeira derrota, 1 a 0 para o Vitória.

Por outro lado, os jogos fora de Minas Gerais compensam o mau desempenho como mandante. O time azul conquistou 45,8% dos pontos disputados como visitante, o quarto melhor aproveitamento no campeonato. O Cruzeiro também aparece na quarta posição, com 10 gols feitos fora de casa, ao lado de Internacional e Corinthians.

De consolo para a torcida, fica a lembrança da divergência do desempenho do time, dentro e fora de casa, no Brasileiro do ano passado. Em 2009, o Cruzeiro terminou a competição na 15ª colocação como mandante e foi o melhor visitante, o que lhe garantiu a última vaga para a Libertadores.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

"Quem será o campeão da Libertadores 2010?"

Com a vitória de ontem à noite, o Internacional se sagrou bicampeão da América e 80% das pessoas, auxiliadas pelo polvo Paul, acertaram o palpite. Logo, 20% não tiveram sucesso. Como o Chivas.

E o FUTEBLOGBH já lançou uma nova enquete: “Líder isolado, o Fluminense vai brigar pelo título brasileiro até o fim?” Participe!
Colorado vira de novo, quebra maldição e é cada vez mais Internacional


O filme de quarta-feira passada se repetiu: o Chivas abre o placar no final do primeiro tempo e o Inter vira o jogo na segunda etapa. A vitória, dessa vez por 3 x 2, não só deu o bi da Libertadores ao Colorado, como põe fim a maldição do Tricolor do Morumbi.

Conforme divulgou o FUTEBLOGBH na última quarta-feira, nos últimos três anos um time brasileiro era o responsável por eliminar o São Paulo da Libertadores e esta mesma equipe decidia a final da competição, com a chance de levantar a taça diante da sua torcida. Foi assim com o Grêmio em 2007, Fluminense em 2008 e Cruzeiro em 2009. Porém, todos acabaram morrendo na praia, como se o Tricolor do Morumbi tivesse lhes rogado uma praga.

Com a vitória no Beira-Rio, o Inter encontrou o antídoto e quebrou essa maldição.

Parabéns ao Colorado, que conquista um título internacional há quatro anos consecutivos, honrando, de fato, o nome do clube!