segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Mais elenco e um pouquinho de sorte: é a receita do Cruzeiro para assumir a liderança






Nas 15 últimas rodadas – as mais complicadas do Brasileirão 2010, segundo os próprios técnicos e jogadores que o disputam – em que o campeonato passou a ter obrigatoriamente dois jogos por semana, para compensar a paralisação durante a Copa do Mundo, o Cruzeiro foi o time que mais venceu: 10 partidas. Os mais próximos foram Atlético-PR, Grêmio, Internacional e Santos, com oito vitórias cada.

Nesse mesmo período, o Fluminense venceu apenas cinco vezes e o Corinthians – em 14 partidas, porque o jogo contra o Vasco, pela 18ª rodada, foi adiado por conta do aniversário do centenário do clube paulista – ganhou seis.

Os jogadores chegaram ao limite e a sobrecarga de jogos nessa fase motivou a lesão de muitos atletas. A necessidade de ter um bom elenco, aliado a sorte, foram determinantes para o Cruzeiro atingir a incrível marca de 73,3% de aproveitamento, contra pífios 50% do Corinthians e 44,4% do Fluminense.

Como qualquer outra equipe, o Cruzeiro perdeu jogadores com contusões musculares por não suportarem a carga exaustiva de jogos. Ao contrário das outras equipes, o Cruzeiro teve elenco para repor suas perdas. Tanto que a torcida não sentiu a falta de Gilberto e Leonardo Silva, ausentes antes mesmo deste período mais complicado.

Um dos destaques do time, Montillo foi desfalque em duas partidas, desde que estreou com a camisa celeste, mesmo assim o Cruzeiro saiu vitorioso em ambas: 1 a 0 sobre o Internacional e 2 a 1 contra o Avaí.

Também vale ressaltar o fator sorte. Enquanto no Fluminense, por exemplo, Washington não marca há sete jogos e Fred tenta voltar para ajudar, mas sente nova lesão, na mesma panturrilha esquerda que o deixara de fora de 17 partidas, no Cruzeiro, se Wellington Paulista se machuca, entra Robert, mas se este se contunde, entra Farías, que se lesiona, volta Robert, que se não faz gol, Wellington Paulista retorna para marcar o gol da liderança.

Sorte também por Fábio não ter sido convocado por Mano Menezes e Thiago Ribeiro não ter se contundido nesse período – além da competência do departamento jurídico do clube, que conseguiu minimizar a pena do atacante, expulso contra o Vitória, para apenas uma partida –, porque são os únicos jogadores que Cuca não tem um substituto à altura.

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