quarta-feira, 30 de novembro de 2011

O melhor time do Brasil é o Vasco

O azar do Vasco é não ter um atacante com características de área com qualidade. Se não fosse isso, o time seria favorito aos títulos da Copa Sul-Americana e do Campeonato Brasileiro. Das opções do técnico Cristóvão Borges, Alecsandro, em má fase, é muito criticado pela torcida e Elton se machucou e desfalcou os cruz-maltinos no duelo importante frente à Universidad de Chile. Os cariocas não conseguiram superar o forte sistema defensivo do adversário e perdeu por 2 a 0, diante de mais de 20 mil torcedores que lotaram o Santa Laura, em Santiago.



Contra o Flamengo, domingo, no Engenhão, o Vasco precisa mostrar o futebol de velocidade que deixou boa impressão no país no primeiro semestre, quando conquistou a Copa do Brasil. Por mais que o Corinthians possa ser campeão com um simples empate diante do Palmeiras, no Pacaembu, as chances de os cariocas ganharem seu quinto título são boas. Depois do Santos, de Neymar, que já pensa no Mundial de Clubes, (no Japão), o time que encanta o Brasil hoje é o Vasco, recuperando o prestígio perdido desde o início da última década.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011


Jogador do Flamengo entrou no segundo tempo e mudou a partida contra o Cruzeiro

Com espaço para jogar, Muralha foi um dos destaques do Flamengo
na goleada sobre o Cruzeiro – Crédito: Nina Lima/VIPCOMM
Para tentar explicar a goleada de 5 a 1 aplicada pelo Flamengo para cima do Cruzeiro, no último domingo, a conversa que se ouvia nos bares e em muitas mesas redondas na TV, tratavam de um suposto “efeito psicológico” que teria tomado conta do time celeste, que, além do mau momento que vive no Campeonato Brasileiro, tão logo perdeu uma penalidade, sofreu o empate rubronegro. Tudo bem que alguns jogadores possam se abalar em situações assim, mas no calor de uma partida não é possível que todos os 14 atletas (titulares e substitutos) tenham se afetado psicologicamente por conta de (mais) um tiro livre de 11 metros desperdiçado.

Flamengo e Cruzeiro fizeram um duelo equilibrado na primeira etapa. O clube mineiro saiu na frente com Anselmo Ramon, e poderia ter aumentado a vantagem com Farías e Victorino. Mas a equipe carioca não estava morta. Logo no início da partida já tinha tido um gol (bem) anulado e pouco depois do lance do pênalti, conseguiu chegar ao empate, com Deivid. O atacante recebeu livre na intermediária e arriscou o chute. A bola tocou no travessão, voltou nas costas do goleiro Fábio e entrou. Pronto. O professor Vanderlei Luxemburgo tinha acabado de achar o caminho para a vitória.

Não. O caminho não era tentar acertar a trave, que já tinha salvado o Flamengo em duas oportunidades na defesa e contribuído com o primeiro gol carioca. O ponto era o local de onde o chute saiu. Deivid só arriscou dali porque encontrou espaço.

O Cruzeiro foi escalado no 3-5-2. Atrás, os três zagueiros marcavam apenas dois adversários, Deivid e Ronaldinho Gaúcho. Pelos lados, Marquinhos Paraná e Diego Renan cuidavam das subidas de Junior Cesar e Léo Moura, respectivamente. Thiago Neves e o jovem Thomás ficavam sob as custas de Fabrício e Charles, no meio. Mais à frente, Montillo se responsabilizava por Airton e Maldonado, que pouco produzem ofensivamente.

Logo, Luxemburgo viu que mais um jogador no meio poderia desmontar o esquema de marcação da Raposa e resolveu apostar em Muralha no lugar de Maldonado, na volta do intervalo. Apesar de ambos serem volantes, o atleta criado na Gávea tem mais facilidade para sair jogando, enquanto o chileno é pura marcação.

Não por acaso, Muralha colocou Thiago Neves na cara do gol em duas oportunidades. A primeira em um belo lançamento e a segunda em jogada de linha de fundo. E o camisa 7 não perdoou.

Por mais que o time do Cruzeiro tenha suas deficiências e atualmente viva uma fase completamente diferente daquela de quando era chamado de “Barcelona das Américas” no início do ano, uma simples cobrança de pênalti mal efetuada não poderia causar inúmeros danos em uma partida.

A entrada de um jogador mais avançado, como Roger ou Élber, no lugar de um dos zagueiros, que estavam sobrando, ou até mesmo na vaga de um dos atacantes, caso o técnico optasse por não expor demais a equipe, para preencher o espaço vazio onde Muralha atuava, poderia ter dado outros números ao placar final. Ou pelo menos, uma derrota sem tanto estrago.

Zona da degola não é inédita em 2011

Ao contrário do que muitos repórteres e comentaristas têm informado, esta não é a primeira vez que o Cruzeiro termina uma rodada na zona de rebaixamento neste Brasileirão. Já fora da Libertadores, a Raposa começou a competição nacional sem vencer nos cinco primeiros jogos e marcou presença entre os quatro últimos da 3ª a 5ª rodada, alternando entre a 17ª e 18ª colocações.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011


Revelado nas categorias de base do Atlético-MG, Túlio de Melo dedicou o tento aos profissionais do Corinthians

Faro de gol: Túlio de Melo estreou na Champions League já balançando
as redes – Crédito: Divulgação/LilleOSC
Apesar da derrota do Lille-FRA por 2 a 1 para a Inter de Milão-ITA, no estádio Giuseppe Meazza, na última quarta-feira (2), em confronto válido pela quarta rodada do Grupo B da Champions League, o brasileiro Túlio de Melo tem o que comemorar. Logo na sua estreia na maior competição de futebol de clubes da Europa, o atacante do clube francês, que entrou no intervalo da partida, marcou o único gol do seu time.

“Fico feliz por ter marcado o gol que nos deu a esperança de lutar pelo empate. Embora ele não tenha vindo, sabemos que ainda temos chance de classificação e vamos trabalhar em busca disso", afirmou o camisa 9, que também comentou sobre o jogo.

“Entramos bem na partida e tivemos as melhores oportunidades e melhor posse de bola. Pesou a experiência da equipe da Inter que, com vários quilômetros rodados na Champions League, soube utilizar bem uma das poucas chances que teve para abrir o placar em bola parada”, analisou o jogador de 26 anos.

Essa foi a terceira participação de Túlio em jogos do Lille, após o seu retorno de lesão. Durante a pré-temporada internacional, em agosto, o atleta sofreu uma fratura por estresse na tíbia da perna direita e decidiu se tratar no Brasil. A convite do zagueiro Paulo André, do Corinthians, com quem atuou no Le Mans-FRA, o jogador revelado nas categorias de base do Atlético-MG, passou um mês se recuperando nos departamentos médico e fisioterápico do clube do Parque São Jorge.

"Foi um período de trabalho árduo. Sou grato a todos os profissionais do Corinthians. Me ajudaram muito na recuperação e dedico meu primeiro gol na Champions League a eles. É o mínimo para retribuir todo o tratamento que recebi", disse o atacante, que ficou aos cuidados do fisioterapeuta Bruno Mazzioti.

Natural de Montes Claros, norte de Minas Gerais, Túlio de Melo foi formado pelo Atlético-MG, onde permaneceu dos 11 aos 19 anos de idade, e despertou o interesse do Aalborg-DIN. Antes de se transferir para o clube dinamarquês, o jogador precisou ser emprestado ao Santa Cruz, do Recife, para ter experiência profissional. Na sequência, o atacante assinou com o Le Mans por três temporadas, teve uma rápida passagem pelo Palermo-ITA e desde 2008 defende a camisa do Lille, atual campeão francês e da Copa da França.