domingo, 2 de maio de 2010

Pedaladas, Ganso, Messias e Neymar

Hoje assistíamos ao jogo do Santos contra o Santo André quando comentamos a respeito do comportamento do Ganso. Um fora de série, alguém que vai longe. A sabedoria de cada lance faz dele um diferenciado, um ''bom demais'', como dizemos aqui em Belo Horizonte. Corre quando precisa, cadencia quando precisa e ainda tem a coragem de tentar um chapéu com seu time perdendo por 3 x 2, em uma final de Campeonato Paulista.

Porém, o que mais surpreende é a humildade e a maturidade do jovem. Pode ser um pensamento simplista, de gente de fora, até meio sem sentido, mas aí vai... O que podemos sentir é que Ganso segue um caminho interessante do tutor Giovanni, o Messias, responsável pela presença do aspirante a astro no Clube da Vila Belmiro desde 2005. Não é só o fato de ambos serem paraenses. A seriedade e o compromisso com o time é algo que espanta, principalmente agora para nós, que observamos o futebol a fundo nos tempos do Império do Amor, do Rei da Pedalada e por aí vai. Se o craque santista seguir o rumo do seu conterrâneo muito famoso (ambos são famosos, obviamente), a carreira será brilhante e de muito sucesso com a camisa da Seleção e de algum grande da Europa (sim, é inevitável).

Neymar é um fora de série e merece ser lembrado também. Mas somente pela bola que joga. Volto a frisar que esta pode ser uma análise de quem enxerga do lado de fora do clube, mas há, pelo menos, um pouco de sentido nisso. O moleque se espelha em Robinho, que já sabemos muito bem como é. Craque como Neymar, o santista já forçou a barra por três transferências na carreira (Santos, Real Madrid e Manchester City) e ficou marcado em outrora por brincadeiras fora de hora no Pré-Olímpico, por exemplo.

Que cada uma faça sua análise. Fico com a dupla Ganso/Giovanni.

SUBSTITUIÇÃO E SELEÇÃO
A atitude do Ganso foi uma das coisas mais bonitas e sinceras que já vi dentro de campo. Além disso, Dorival Júnior mostrou uma humildade incrível ao voltar atrás na provável substituição e ainda ao citar, nas entrevistas pós-jogo, o fato ocorrido com o camisa 17. Ganso é craque, em todos os sentidos.

Neymar também merece a palavra, mas só com as bolas nos pés. O garoto anda perdido por aí com lances infantis e caídas sem a menor necessidade. Isso gera uma reposta ruim por parte dos árbitros, adversários e torcedores, que começam a ver Neymar com olhos mais frios.

Ganso merece, sim, uma vaga na Seleção. A opção mais interessante seria no lugar do Kléberson. Dunga pode partir do raciocínio de que tem Ramires, Elano e Daniel Alves para ocupar o 'papel' do flamenguista, caso precisse.

Neymar: fica para a próxima!


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