terça-feira, 31 de julho de 2007

Mamãe, quero ser grande


Alguns clubes de médio porte europeu já não se contentam mais apenas com o sucesso regional e querem, mais do que nunca, alcançar a glória internacional. O Shakhtar Donetsk e o Atlético de Madrid, por exemplo, nunca gastaram tanto com contratações.

O Shakhtar, da Ucrânia, que já havia contratado os jogadores Oleksandr Gladkiy, Volodymyr Priyomov, Volodymyr Yezerskiy e Andriy Pyatov, gastou também 8 milhões de euros com o atacante italiano Cristiano Lucarelli, ex-Livorno, mais 10 milhões de euros com o lateral brasileiro Ilsinho, ex-São Paulo. E o presidente do clube, Rinat Akhmetov, o homem mais rico da Ucrânia, ainda acertou hoje, a contratação do destaque da seleção mexicana na Copa América, Nery Castillo, atacante que era do Olympiakos, por 20 milhões de euros. O desafio da equipe é conseguir passar da fase de grupos da Uefa Champions League, feito jamais conseguido pelo Shakhtar.

Os madrilenhos do Atlético sempre viveram uma crise de identidade, pois gastam como clube grande, mas só conseguem fazer papel de time médio. Na atual pré-temporada, o clube espanhol só não gastou mais que o Manchester United. Foram 83 milhões de euros investidos, muitos deles provenientes da venda de Fernando Torres para o Liverpool. Quem custou mais foi a estrela portuguesa Simão Sabrosa, que chegou do Benfica por 25 milhões de euros. Outras boas contratações foram os atacantes Forlán (Villarreal, 21 milhões de euros) e Reyes (Arsenal, 12 milhões de euros), os meias Luís Garcia (Liverpool, 6 milhões de euros), Cléber Santana (Santos, 4 milhões de euros) e Raúl Garcia (Osasuna, 12 milhões de euros), além do goleiro italiano Abbiati, que chega por empréstimo do Milan, e o desconhecido atacante brasileiro Diego Costa, de apenas 19 anos, que custou 3 milhões de euros e jogava no Penafiel. Certamente o treinador Javier Aguirre terá bons jogadores para fazer do Atlético um real candidato a títulos.

Outra equipe que não só quer, como precisa se expandir, para não perder a sua ambição, é o Lyon. O clube de Juninho Pernambucano venceu os último seis campeonatos franceses e já conseguiu chegar as semifinais da Uefa Champions League, mas nunca venceu um torneio internacional. Para a atual temporada, as duas maiores contratações do clube foram o lateral italiano Fabio Grosso, ex-Inter, por 7 milhões de euros e o atacante da Costa do Marfim, Kader Keïta, ex-Lille, que custou 18 milhões de euros.

Vale também destacar o Fenerbahçe, atual campeão turco, que mostrou ambição ao trazer o lateral Roberto Carlos. Um bom trabalho de Zico aliado a bons jogadores como o próprio Roberto Carlos, Alex, Lugano e Kezman podem fazer os fanáticos torcedores dos "canários amarelos" sonharem com uma boa participação na Uefa Champions League.

De exemplo, para Shakhtar, Atlético, Lyon e Fenerbahçe, serve o Sevilla, que vem mostrando progressos realmente dignos de elogios. Atual bicampeão da Copa da Uefa e campeão da Copa do Rei, o clube espanhol manteve as estrelas Kanouté e Daniel Alves, este, pelo menos por enquanto, para a próxima temporada e ainda reforçaram a defesa, com o bom goleiro italiano De Sanctis, ex-Udinese e o zagueiro holandês Boulahrouz, ex-Chelsea.

5 comentários:

Fernando Almeida disse...

Ótima matéria Primo.

Thiago de Castro disse...

vlw primo! abraços

Fernando Pacheco disse...

Muito boa essa tico..bacana;;;

Guilherme disse...

"fazer do Atlético um real..." gostei do trocadilho.
Não concordo com o exemplo do Sevilla. O próprio Lyon, citado no post, pra mim é maior do que o Sevilla, apesar de nunca ter conquistado um título internacional. Se o Lyon disputasse a Copa da UEFA, com certeza a venceria, ou ao menos seria um dos grandes candidatos a levantar a taça. Mas a ambição do time francês o faz brigar pela Champions League e aos poucos vem se firmando como um dos possíveis campeões. Nada contra o Sevilla tbm, que acredito ter condições de fazer boa campanha na UCL.

Thiago de Castro disse...

vc nao esta errado.. se colocar lyon e sevilla pra jogar pra uma boa diz puta