quarta-feira, 11 de julho de 2007

Os renegados



Voltando ao ano de 2002, por exemplo: qual torcedor não gostaria de ver Petkovic, Juninho Paulista, Athirson, Denílson ou Roger no seu time? Certamente seriam contratações festejadas e sinônimo de bom futebol em campo. Seriam... Hoje, todos esses jogadores tachados de "medalhões", por motivos parecidos, tiveram uma queda de rendimento considerável, o que os fazem viver momentos obscuros na carreira.

A idade é um fator que inegavelmente tem uma grande parcela de influência nessa queda. Petkovic está com 34 anos, assim como Juninho Paulista. Athirson está com 30. Denílson e Roger completam 30 em agosto. Esses três últimos ainda tem alguns anos de carreira pela frente, é verdade.

No entanto, se "jogador bom, é jogador com fome", concordando com Luiz Felipe Scolari, o que realmente contribuiu para que as estrelas de poucos anos atrás sejam rejeitados, hoje, é essa tal "fome". Muita fama e muito dinheiro no bolso acabam tirando o foco profissional dos atletas. Roger é o exemplo mais claro de um jogador que tem sua carreira prejudicada pelos compromissos sociais. É uma escolha que cada um tem o direito de fazer. Entretanto, o péssimo custo benefício desse tipo de atleta faz os dirigentes dos grandes clubes preferirem os jogadores ainda em início de carreira e ambiciosos, os jogadores "com fome".

Abaixo, confira a situação de cada "renegado":

Petkovic: O armador nascido na Sérvia, ex-ídolo de Vitória, Flamengo e Vasco, começou o ano no Goiás. Mas no fim do Campeonato Goiano, Pet, dizendo estar chateado com a cobrança por resultados, pediu dispensa e está sem clube.

Juninho Paulista: Pentacampeão mundial com a seleção brasileira em 2002, Juninho, que jogou grande parte da sua carreira em equipes européias (Middlesbrough-ING, Atlético de Madrid-ESP e Celtic-ESC), foi contratado pelo Flamengo para ser um dos líderes da equipe na disputa da Copa Libertadores. Após não conseguir conquistar a titularidade no time rubro-negro e se desentender com o treinador Ney Franco, o armador está sem clube.

Athirson: Com experiência de seleção brasileira, o lateral esquerdo jogou as duas últimas temporadas no Bayer Leverkusen-ALE, sempre na reserva. Na última semana, o jogador, que ainda tinha mais um ano de contrato com o clube alemão, acertou a sua rescisão contratual mas ainda não fechou com nenhum clube brasileiro. Atlético-MG e Botafogo já se interessaram pelo atleta, mas descartaram qualquer negociação.

Denílson: Treinando no Palmeiras para manter a forma física desde que o seu contrato com o Al Nasr, da Arábia Saudita, terminou, em maio, a contratação do atacante é vista de forma receosa pelos clubes brasileiros. De acordo com o empresário do jogador, Denílson não acertou com nenhum time porque quer um contrato de um ano, enquanto os clubes oferecem um contrato de apenas seis meses.

Roger: Ainda vinculado ao Corinthians, o armador treina separadamente do elenco principal da equipe e espera uma negociação. O alto salário (cerca de 200 mil Reais) torna-o inviável para os clubes brasileiros. O desejo do jogador é voltar à Europa, onde já jogou no Benfica-POR. Um clube interessado no jogador seria o Olympiakos-GRE.

Um comentário:

Guilherme disse...

Roger parece estar sendo disputado por Santos e Flamengo. Dos jogadores citados no post, aquele q eu mais confio em seu futebol é o Athirson. Falta só o atleta se enquadrar na realidade brasileira para ter um clube pra jogar.