Os dois Marcinhos

Quando chegou ao Galo, em abril de 2006, o meia Marcinho fez uma bela estréia em uma partida contra o Fortaleza pela Copa do Brasil. Mas depois seu rendimento despencou e chegou ao ponto de membros da Galoucura irem à Cidade do Galo pressioná-lo para que ele deixasse o estelismo de lado e apresentasse um bom futebol. Deu certo! Marcinho foi, junto com Marinho e Roni, os melhores jogadores da Série B do ano passado. Assim, ele caiu nas graças da torcida e virou ídolo.

Já em 2007, Marcinho começou bem o ano, contudo, deixou que o estrelismo novamente o atrapalhasse. Nos últimos dois meses Marcinho tem sido um jogador preciosista e tem prejudicado não só a criatividade do meio-campo do Galo, como também a si mesmo.

De fato, existem dois Marcinhos: o que joga para o time, ajuda a equipe e não usa chuteira amarela, e o que acha que é a estrela da companhia e usa chuteira amarela. Se ele continuar a ser este segundo, pode mesmo ir para a Europa, mas se ele quiser voltar a ser o primeiro, ele tem futebol para ser titular de qualquer meio-campo do Brasil.

Enquanto ele continuar a ser a "estrela", Zetti tem mesmo que deixá-lo no banco, como mostrou no treino de hoje, que poderá fazer no jogo de sábado, contra o Corinthians.